Mais uma vez a fumaça de queimadas voltou a encobrir Manaus e outros municípios do Amazonas, entre a noite desta quarta-feira (04) e a a madrugada desta quinta-feira (05). Segundo um levantamento do World Air Quality Index, durante a madrugada, o ar de Manaus chegou ao nível “perigoso” para a respiração humana. De acordo com internautas, a fumaça que cobriu a cidade no momento e a sensação foi a pior da estiagem até o presente momento.
Em resposta aos desafios ambientais enfrentados na região Amazônica e com o objetivo de fornecer dados para gestores públicos, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) lançou o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), uma plataforma on-line que mede, em tempo real, queimadas e a qualidade do ar. De acordo com o sistema, a Zona Sul de Manaus atingiu a pior qualidade de ar e o segundo lugar a alcançar o “mesmo feito” foi a Zona Centro-Sul da capital amazonense. Agora, a qualidade encontra-se na escala moderada.
Nos dias 20 e 28 de setembro, a população manauara também foi surpreendida ao amanhecer em um cenário com uma densa cortina de fumaça que tomou conta da cidade. Além de estar passando por uma situação de emergência ambiental em decorrência da severa estiagem, Manaus também registrou o dia mais ente dos últimos 30 anos, nesta segunda-feira (2). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros da capital amazonense chegaram a 39,2ºC.
Vale ressaltar que a combinação de altas temperaturas e a escassez de água tem criado um ambiente propício para a propagação do fogo, intensificando a incidência de incêndios florestais na região.