Mais três ministros do governo do premiê britânico Boris Johnson renunciaram ao cargo nesta quarta-feira (6). O que eleva para 13 o número de baixas entre seus apoiadores no parlamento desde esta terça-feira.
Ao todo, 5 dos 23 ministros do governo entregaram os cargos, inclusive o ministro das Finanças Rishi Sunak, dizendo que o líder britânico não tem mais a confiança deles e mergulha seu governo em uma crise.
Além deles, outros 7 assessores de Johnson, como Bim Afolami, vice-presidente do Partido Conservador, entregaram os cargos. (veja a lista abaixo)
A debandada ocorre em meio a denúncias de abuso sexual do ex-secretário Christopher Pincher. Jonhson é acusado de saber das condutas do ex-secretário antes mesmo de nomeá-lo.
As partidas começaram no final da tarde de terça-feira com o secretário de Saúde Sajid Javid.
Confira a lista de renúncias:
- Will Quince, ministro das crianças e famílias
- Robin Walker, ministro de estado para os padrões escolares
- Rishi Sunak, ministro das Finanças
- Sajid Javid, secretário de Saúde
- Bim Afolami, vice-presidente do Partido Conservador
- John Gleen, secretário de economia
- Alex Chalk, procurador-geral da Inglaterra e País de Gales
- Laura Trott, Secretária Parlamentar Particular (PPS) do Departamento de Transportes
- Saqib Bhatti, PPS para Secretário de Estado da Saúde e Assistência Social
- Jonathan Gullis, PPS para Secretário de Estado da Irlanda do Norte
- Nicola Richards, PPS do Departamento de Transportes e MP
- Virginia Crosbie, PPS para o Gabinete do País de Gales
- Felicity Buchan, PPS no Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial
Além das saídas, o premiê enfrenta críticas de parlamentares do próprio partido.
Os legisladores do Partido Conservador, Chris Skidmore e Tom Hunt, apresentaram separadamente cartas de desconfiança ao primeiro-ministro Boris Johnson nesta quarta-feira, enquanto o líder britânico enfrenta pedidos cada vez mais intensos para deixar o cargo.
Skidmore pediu mudanças nos regulamentos do Partido Conservador para pedir outro voto de confiança no primeiro-ministro: “É vital, portanto, que o escrito de 1922 reconsidere urgentemente as regras que impedem que um novo voto de desconfiança ocorra”.
Fonte: G1