O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca neste domingo (22) para a Argentina, em sua primeira viagem internacional desde que assumiu o novo mandato. A previsão é que o petista embarque às 18h com destino a Buenos Aires, segundo informações divulgadas pelo Palácio do Planalto.
Os compromissos oficiais na capital argentina ocorrem na segunda (23) e terça-feira (24). Em uma tentativa de retomar as relações do Brasil com países do Mercosul, o presidente deve se reunir com o presidente argentino, Alberto Fernández, e participar da 7ª Cúpula de Chefas e Chefes de Estado da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Durante o evento, o governo federal articula uma reunião entre Lula e o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Na cúpula da Celac, o petista vai ter reuniões bilaterais com governantes da região. Um dos encontros deve ser com o presidente da Venezuela. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, a agenda ainda não está confirmada e vai depender da logística.
A agenda oficial na Argentina conta ainda com a tradicional oferenda de flores na plaza San Martín, participação em um evento cultural e encontro com empresários. Durante a viagem, Lula deve tratar, entre outros temas, de integração energética, comércio e investimentos, ambiente, infraestrutura, defesa, desarmamento e combate a ilícitos.
Em seguida, na quarta-feira (25), o petista embarca para o Uruguai, onde se encontra com o presidente Luis Alberto Lacalle Pou. Lula estará acompanhado por uma delegação composta de vários ministros, entre eles Mauro Vieira (Itamaraty) e Fernando Haddad (Fazenda).
Recentemente, o governo federal iniciou um processo para reabrir a Embaixada do Brasil na Venezuela, fechada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A missão é liderada pelo embaixador Flávio Macieira.
“O envio da missão reflete a decisão do governo brasileiro de normalizar as relações bilaterais, para permitir a retomada de tratativas com o governo venezuelano sobre os diversos temas que compõem a agenda entre os dois países”, diz o Itamaraty.