Foto: REUTERS/Johanna Geron

Na semana em que o governo petista completa 200 dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja lançar um pacote com medidas para a segurança pública, com destaque para o combate ao crime organizado.

A lista de iniciativas será chancelada por Lula nesta quinta-feira (20), em reunião com o ministro da Justiça, Flávio Dino. A expectativa é que o anúncio ocorra na sexta-feira (21).

Segundo relatos feitos à CNN, o anúncio prevê a ampliação de estruturas contra organizações criminosas, principalmente nas capitais estaduais e cidades amazônicas.

O pacote ainda prevê o aumento de operações policiais integradas, com a participação das forças federais, civis e além da maior presença de agentes federais nas regiões de fronteira terrestre, onde ocorre a entrada de entorpecentes e armamento no país.

A iniciativa ainda não teve um nome definido, mas assessores do governo defendem batizá-la como “Mais Segurança”.

No evento planejado para esta sexta, Lula também deve mencionar a liberação do reajuste salarial para as forças de segurança do Distrito Federal, uma reivindicação das categorias desde a gestão anterior.

Nesta semana, o governo federal assinou a medida provisória com a recomposição salarial e enviou ao Congresso Nacional.

Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação, o reajuste já entra na folha de pagamento dos policiais e bombeiros a partir de agosto.

Para o evento, foram convidados sindicalistas e o secretário de Segurança Pública do DF, delegado Sandro Avelar, que confirmou presença.

Além do anúncio de novas medidas, Lula deve relembrar as ações que já foram implementadas neste ano. Isso inclui as novas regras sobre o controle de armas, as ações após as invasões do 8 de janeiro, o combate ao garimpo ilegal no Território Yanomami, além da ajuda aos afegãos refugiados no Brasil.

Operações nos estados

De acordo com assessores do governo, o foco das medidas de segurança será o projeto de integração do Ministério da Justiça para operações nas unidades federativas.

A ideia é reunir, em ações contra o crime, forças policiais dos estados e da União. O trabalho seguirá nos moldes do que era realizado pela antiga Secretaria de Operações Integradas (Seopi), criada na gestão do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

No governo Lula a área foi reformulada e incorporada como uma diretoria à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), na gestão de Flávio Dino.

Fonte: CNN BRASIL.