Em conversa no início da manhã desta quarta-feira (13), o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), informou que houve avaria do sistema óptico que permite a votação remota dos parlamentares. Ele evitou fazer “ilação” sobre o que motivou esse rompimento.
Os problemas ocorreram na noite de terça (12), em meio à votação da “PEC Kamikaze”, proposta do governo que concede uma série de benefícios sociais às vésperas das eleições.
Lira garantiu que será mantido o quórum da sessão que foi suspensa, na qual a PEC foi aprovada em primeiro turno.
“A decisão já está tomada. É uma questão de bom senso. Os parlamentares deram presença e estavam aptos para votar”, afirmou Lira. Segundo ele, cerca de 20 deputados ficaram impedidos de votar de forma remota.
O presidente da Câmara disse que ficou até 4h desta quarta acompanhando a apuração da Polícia Federal.
“Os dois sistemas caíram na mesma hora. No primeiro sistema, o cabo rompeu. E o segundo sistema não suportou”, explicou Lira.
“Não posso fazer ilação sobre o que motivou isso. Não posso afirmar que foi hacker. Mas a falha aconteceu”, reforçou.
Segundo Lira, duas empresas fornecem o sistema para votação remota: a Lumen e a Algar. O sistema de fibra óptica da primeira empresa foi danificado. E o sistema da segunda empresa não suportou, de acordo com informações repassadas ao comando da Câmara.
“Mas isso aqui não é uma bodega. Isso não pode acontecer. Ainda mais numa votação dessa importância”, criticou Lira.
Fonte: G1