O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) criticou decreto do presidente da República, Jair Bolsonaro, que institui o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Pró-Mape). O governo define mineração artesanal e em pequena escala como aquela voltada à “extração de substâncias mineráveis garimpáveis”.
— Para os ambientalistas, garimpo em mini escala é uma ficção. O decreto pode se converter em retaguarda jurídica ao garimpo ilegal, cada vez mais atuante na maltratada Amazônia.
No pronunciamento, Kajuru destacou que a Amazônia perdeu 10 mil quilômetros quadrados de floresta nativa em 2021, na maior destruição em dez anos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a floresta teve recorde de alertas para desmatamento no mês de janeiro deste ano.
De acordo com o senador, estudo inédito do projeto Amazônia 2030 mostra que os alvos preferidos dos criminosos são as terras públicas. Nos últimos três anos, 51% do desmatamento da região ocorreu em terras indígenas, unidades de conservação e florestas públicas não destinadas.
Petrópolis
Kajuru também manifestou sua solidariedade aos moradores de Petrópolis (RJ), atingida por forte temporal, que causou destruição e mortes, na terça-feira (15). Ele chamou atenção para um “novo padrão climático” no Brasil, onde fortes chuvas também fizeram estragos na Bahia e outros estados.
— O poder público tem de sair da inércia. Não são poucos os especialistas que vinculam os extremos eventos do clima à crescente degradação do meio ambiente. Uma temática em que o Brasil vem se destacando negativamente por causa de uma política de governo — criticou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)