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A apresentação da dupla Bruno e Marrone prevista para esta quinta-feira (16), na 17ª Festa do Cacau de Urucurituba (a 218 quilômetros de Manaus), foi proibida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), após ação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). O show custaria R$ 500 mil aos cofres do município. Após a decisão, a prefeitura informou que as apresentações serão bancadas pela inciativa privada.

O grupo Sorriso Maroto, contratado por R$ 135 mil e marcado para encerrar o evento, no próximo sábado (18), também teve a apresentação com dinheiro público suspensa pela Justiça.

À Rede Amazônica, a prefeitura do município confirmou a realização dos shows, e informou que os cachês serão pagos por 16 empresários. No entanto, não foram divulgados os nomes dos empresários, e nem o valor a ser pago por cada um deles.

PREFEITURA CONTRATOU SHOWS EM ABRIL

Segundo o Diário Oficial do Município (DOM), o montante desembolsado para pagar os cachês dos dois grupos consta em documentos assinados em abril, pelo prefeito José Claudenor de Castro Pontes (PT), conhecido pelo apelido de ”Sabugo”.

No início de junho, o g1 já havia apontado que a prefeitura decretou situação de emergência, em virtude da cheia do Rio Amazonas, um mês após a contratação dos artistas.

SERVIÇOS PÚBLICOS PRECÁRIOS

Na decisão publicada nesta quinta (16), o ministro Humberto Martins, presidente do STJ, citou a precariedade dos serviços públicos oferecidos pela prefeitura.

“Há escolas inacabadas. As ruas da cidade encontram-se em péssimo estado, inclusive a rua principal, defronte ao Rio Amazonas, que está com trecho erodido há mais de 30 dias, sem conserto”, observou o presidente do STJ.

Na ação, o MP-AM lembrou que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,5% da população de Urucurituba recebem até meio salário mínimo por mês, e 97% das receitas municipais vêm de fontes externas, como repasses estaduais e federais. 

Fonte: G1