Um juiz na Geórgia decidiu suspender temporariamente uma nova norma que exigia a contagem manual de milhões de cédulas para a eleição presidencial nos Estados Unidos. Essa regra, aprovada em 20 de setembro por um conselho eleitoral dominado por republicanos, tinha como objetivo aumentar a segurança e a transparência do pleito marcado para 5 de novembro, segundo eles. O magistrado Robert McBurney argumentou que a suspensão da norma era necessária, pois sua implementação poderia gerar incertezas a poucos dias da eleição.
Ele enfatizou que qualquer fator que cause confusão prejudica a confiança do público e que a desordem administrativa não condiz com a responsabilidade das juntas eleitorais de assegurar um processo eleitoral justo e organizado. A nova regra exigiria que três funcionários eleitorais em mais de 6.500 distritos abrissem caixas de cédulas digitalizadas e realizassem a contagem manualmente.
Organizações que defendem os direitos de voto expressaram preocupações de que essa medida poderia permitir que membros desonestos das juntas eleitorais atrasassem ou até mesmo impedissem a certificação dos resultados. Além disso, o procurador-geral do estado sugeriu que a junta poderia estar ultrapassando seus limites legais.
A proposta da junta foi impulsionada por apoiadores de Donald Trump, que levantaram questões sobre a integridade das eleições na Geórgia após sua derrota para Joe Biden em 2020. A decisão do juiz de suspender a regra foi recebida com aplausos por representantes da campanha de Kamala Harris, que argumentaram que a norma tinha como objetivo criar desconfiança em relação aos resultados eleitorais.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias