SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma mulher e um homem, de 31 e 30 anos, foram assassinados a tiros no sábado (23), no município de Camaçari (BA). Eles são irmãos de Gideão Duarte de Lima, suspeito de envolvimento na morte da cantora gospel Sara Freitas.

As vítimas foram identificadas como Airane Duarte de Lima Reis e Edson Duarte de Lima. Eles foram mortos no bairro Verdes Horizontes. O caso é investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari.

Irmãos morreram no local. Em nota, a Polícia Militar da Bahia explicou que foi acionada para a ocorrência de disparo de arma de fogo. Ao chegarem, os militares constataram os óbitos.

A principal linha de investigação é a atuação de traficantes de drogas daquela região. A informação é da Polícia Civil da Bahia. A corporação confirmou a informação de que as vítimas eram irmãos de Gideão Duarte de Lima. Gideão, Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque, e Victor Gabriel Oliveira Neves estão presos pela morte da cantora gospel. Eles teriam arquitetado e executado o crime, a mando do marido da vítima, Ederlan Santos Mariano, que também foi preso.

Polícia não esclareceu se há ligação entre a morte de Sara e o assassinato dos irmãos.

Equipes da especializadas buscam imagens de câmeras e ouvem testemunhas. Laudos periciais vão colaborar com o esclarecimento do caso.

MORTE DE SARA FREITAS

O marido de Sara, Ederlan Mariano, foi preso no final de outubro de 2023. A Polícia Civil da Bahia disse que ele teria confessado ser o mandante do assassinato, mas a defesa negou e disse que ele se declara inocente.

O corpo da pastora foi encontrado na BA-093, na região de Dias D’ávila, a 54 km de Salvador. Carbonizado, o cadáver estava em uma região de mata, ao lado da pista.

Segundo a polícia, Ederlan pagou R$ 2 mil para os comparsas matarem sua esposa, valor que foi dividido em quatro partes. Ainda, o marido da vítima teria prometido mais R$ 15 mil, mas esse montante não foi pago. Veja como ficou a divisão do valor:

– Bispo Zadoque recebeu R$ 900 – ele é apontado pela polícia como responsável por matar Sara, ocultar o cadáver e tentar apagar as provas do crime;

– Victor Gabriel de Oliveira ganhou R$ 500 – o suspeito teria sido o responsável por segurar Sara para que Zadoque a matasse, além de participar na ocultação do corpo da vítima;

– Gideão Duarte recebeu R$ 400 – ele é apontado como responsável por levar Sara até o encontro dos executores e depois transportar os comparsas para longe do local do crime;

– Outros R$ 200 foram pagos a um homem não identificado, que não participou diretamente do crime, mas sabia dos planos para matar Sara Mariano.