A economia verde deixou de ser uma tendência empresarial e passou a ser uma necessidade na Amazônia. Desta forma, a temática sustentável, o crédito verde e a viabilização de negócios ganharam notoriedade no mercado e hoje está em um patamar de destaque. O Instituto Amazônia Livre (IAL), uma organização sem fins lucrativos, trabalha com essas questões, alinhando o desenvolvimento dos povos e da cultura, bem como aliados à conservação da biodiversidade e da floresta viva.
Conforme o conselheiro presidente do (IAL), Rodrigo Lima, não dá para separar o meio ambiente do homem, onde a sociedade está, mas é preciso repensar as formas de fazer essas mudanças sem atrapalhar o ciclo evolutivo das pessoas que moram em comunidades do Amazonas.
“Nós fomos constituídos por profissionais, professores da antiga UA, Universidade do Amazonas, que hoje é a UFAM, e alguns empresários que, em 1997, estavam preocupados com as questões sociais aqui da nossa região. E ali naquela época, foram utilizados recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador para se realizar algumas atividades, e a partir de então, desenvolvemos cursos em vários municípios do interior do Estado, aqui em Manaus, cursos profissionalizantes, cursos básicos para fazer com que as pessoas desenvolvessem um tipo de renda para as famílias em risco social”, disse.
Manter a floresta viva e gerar negócios a partir de soluções baseadas na natureza é essencial para a mitigação das mudanças climáticas. Conforme o diretor técnico, Antônio Fernandes, com o crédito de carbono é possível criar ações de reflorestamento.
“Essa ferramenta permite que empresas criem negócios dedicados exclusivamente a gerar crédito de carbono, visando vendê-los a empresas que desejem compensar os efeitos de suas atividades para o meio ambiente”, explicou.
Atualmente no Brasil, de acordo com dados da McKinsey, o mercado de créditos de carbono impulsiona cerca de 25 milhões de dólares por ano, sendo principalmente de atividades com recursos nacionais. Não havendo inserção de recursos sistemáticos de grandes corporações estrangeiras e multinacionais. Para o diretor de Marketing do Instituto, Bosco Rezende, existe uma série de opções econômicas promissoras para impulsionar o crescimento da Amazônia, enquanto se preserva e protege esse ecossistema único.
“O primeiro passo é entender que a Amazônia está longe de ser uma região homogênea. Conforme um estudo do projeto Amazônia 2030, é possível dividir a Amazônia Legal em cinco, macro regiões: Amazônia Florestal, Não Florestal, Sob-Pressão, Desmatada e Urbana. Através desse estudo é possível gerar emprego oportunizando cursos e levando perspectivas para pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social”, afirmou
Missão
A principal missão do Instituto é potencializar os serviços ambientais, desenvolvendo os projetos conservação, manejo sustentável e o aumento dos estoques de carbono florestal. Além de implementar técnicas de gestão de resíduos sólidos através da reciclagem.