Instabilidade política e economia mundial devem manter alta no preço da gasolina no Brasil
Instabilidade política e economia mundial devem manter alta no preço da gasolina no Brasil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Política Econômica (SPE), divulgou nesta quinta-feira (16) que as projeções oficiais para a inflações neste ano e em 2022 estão piores. A expectativa é que o valor do litro da gasolina, que supera R$7 em várias cidades não deem trégua aos brasileiros. O valor do barril do petróleo está chegando ao patamar de US$70.

Outro fator que pesa no preço dos combustíveis é a crise institucional promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que tem interferido tanto na credibilidade do país quanto no valor da moeda brasileira. Com a guerra política brasileira entre os poderes, o dólar segue em alta e a gasolina fica mais cara. A alta nos preços dos combustíveis também foi influenciada pela demanda, diante desse cenário de “estagflação”, no qual a economia segue estagnada e a inflação disparando.

Com a alta dos combustíveis, a inflação oficial fechou o mês de agosto com a maior alta em 21 anos. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, fechou o mês de agosto com alta de 0,87%.

A maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 p.p.) vieram dos Transportes. O resultado foi influenciado pela alta dos combustíveis (2,96%), acima da registrada no mês anterior (1,24%). A gasolina subiu 2,80% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,17 p.p.). Os demais combustíveis também subiram: etanol (4,50%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%).