A inflação medida pelo IPCA acelerou e subiu 1,16% em setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. É a maior taxa para o mês desde o plano Real, lançado em 1994 e que acabou com a hipreflação.
Em setembro daquele ano, o índice ficou em 1,53%.
A escalada dos preços já faz o brasileiro conviver com uma inflação de dois dígitos – algo que não ocorria desde fevereiro de 2016, quando o indicador chegou a 10,36%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 10,25%.
Analistas consultados pela Reuters projetavam aumento de 1,25% no mês e avanço de 10,33% em 12 meses.
Uma das razões para a inflação ter acelerado em setembro foi o preço da energia elétrica, por conta da crise hídrica. A entrada da bandeira Escassez hídrica, que passou a vigorar no dia 1º do mês, adiciona uma sobretaxa de R$ 14,20 a cada 100 kWh.
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Com perspectiva de ficar em vigor até abril de 2021, a conta de luz tem pesado no orçamento das famílias.
Os dados mostram que a inflação em 12 meses continua acelerando e permanece bem acima do teto da meta estabelecida para o ano pelo Banco Central, de 5,25%.
Boletim Focus, do Banco Central, que reúne as projeções do mercado, indica que as expectativas para a inflação deste ano sobem pela 26ª semana seguida. Há um mês, estava em 7,7%. Agora já se espera que a inflação encerre o ano em 8,7%.
A piora do cenário inflacionário também contamina as expectativas para 2022. É a 11ª semana seguida em que o mercado revisa para sua projeção, chegando a 4,14%.