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Frequentemente o sistema médico da Hapvida NotreDame Intermédica tem sido alvo de denúncias voltadas a negligências médicas, descaso hospitalar, realização de procedimentos indevidos e omissão. Considerado o pior plano de saúde do país, com mais de 50 mil reclamações no site Reclame Aqui, mais uma denúncia chegou à redação do portal Amazônia Press. O mais recente caso foi envolvendo o paciente Ademar Pereira da Silva, 74 anos, que precisou que uma decisão liminar determinasse que seu tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) fosse atendido pelo plano hospitalar, que está cobrando pelo procedimento cirúrgico de urgência. A empresa cobrava o montante de R$ 142 mil.

De acordo com Daiana Ribeiro, filha de Ademar, a família do paciente compareceu à Comissão de Defesa do Consumidor na última segunda-feira, 2 de outubro, denunciando a recusa do plano em atender o idoso devido à carência do benefício. Na manhã de sexta-feira, dia 6, o presidente da Comissão, o deputado Mário César Filho, esteve no Hospital Rio Negro (Hapvida) para fazer cumprir uma decisão judicial.

“Meu pai contratou o plano da Hapvida no dia 23 de agosto, pois está sofrendo com problemas renais. Mas no dia seguinte, ele passou mal e precisou ser internado. Infelizmente, ele teve vários problemas de saúde e está hospitalizado, mas a empresa se recusa a oferecer o tratamento na UTI, alegando que o plano está na carência”, ressaltou.

Neize Ribeiro, esposa de Ademar, destacou ainda que são várias as denúncias relacionadas ao sistema de saúde.

“Não é de hoje que as pessoas reclamam desse hospital. São várias as queixas, principalmente em relação às visitas. Eles nos tratam mal e não cumprem nada”, destacou.

Ao portal Amazônia Press, o parlamentar informou que recebe muitas denúncias, Não só da empresa Hapvida, mas de outros planos de saúde. Para cumprir a decisão liminar, foi necessário o reforço da Força Tática, que, juntamente com o deputado, anunciou as medidas que devem ser adotadas pelo hospital privado, que se comprometeu em cumprir.

“Caso a decisão não seja cumprida, o jurídico da Comissão de Defesa do Consumidor ingressará com um pedido de aplicação de multa, e em último caso, o pedido de prisão do responsável da operadora de saúde denunciada”, ressaltou o deputado.

Complementou ainda: “Infelizmente, tivemos que chamar a Polícia Militar para cumprir a liminar. Segundo Matheus, responsável pelo hospital, o plano vai obedecer à decisão da justiça. Esperamos que tudo ocorra na mais absoluta tranquilidade, e que seu Ademar seja atendido com dignidade, e que a cobrança dos 142 mil seja extinta”.

Entramos em contato com a rede hospitalar em busca de mais esclarecimentos, mas não obtivemos respostas.