O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta sexta-feira (17) que o Brasil se recuperou economicamente em 2021 e disse ter cumprido com os compromissos fiscais neste ano. A declaração foi dada em coletiva de imprensa sobre o balanço do ano econômico em 2021.
Segundo o ministro, o país atingiu patamares anteriores ao início da pandemia de Covid-19. Ele exemplificou o desemprego para ressaltar a recuperação econômica do país.
Guedes lembrou que estados e municípios estão voltando a arrecadação dos últimos anos. Para o ministro, as ações da pasta no combate a recuperação econômica fez a pandemia “tombar”.
“O Brasil se reergueu em 2021. Nossas politicas econômicas, em todas as dimensões, estão dando resultado”, disse.
“Em 2020 essa sombra nos lançou na escuridão, a doença tava em pé, ameaçadora, forte e o Brasil no chão, o Brasil tombou. Se tivesse que fazer uma síntese de 2021 eu diria que o Brasil se reergueu e a doença tombou. Fizemos vacinação em massa da população brasileira, de novo surpreendemos o mundo com funcionamento da nossa democracia”.
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Paulo Guedes minimizou a alta da inflação registrada nos últimos meses e culpou a desarticulação das cadeias produtivas. O ministro garantiu que a inflação em dois dígitos será provisório.
“É um fenômeno temporário. Logo no início do ano, quando os preços de alimentos e preços de material de construção começaram a subir, nós transformamos essa crise numa oportunidade de aperfeiçoamento institucional”, avaliou.
Ele ainda rebateu críticas feitas sobre possível desequilíbrio fiscal e irresponsabilidade fiscal do governo. Especialistas acusaram o governo de ultrapassar limites da responsabilidade fiscal após propostas polêmicas e que mexem com dívidas do governo, como a PEC dos Precatórios.
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Ao citar o projeto, Guedes lembrou de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que garantiu o parcelamento de dívidas de estados. O chefe da pasta econômica criticou os chamam a proposta de “calote” e ressaltou a aval do STF para a aprovação do teto para dívidas judiciais.
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“Por que não tiveram a coragem de chamar de caloteiros o Supremo quando parcelou?”, questionou Guedes.
Ao comentar sobre os programas sociais, Paulo Guedes elogiou o trabalho do governo para vabilizar o auxílio emergencial e ressaltou as negociações para efetivar as mudanças no Bolsa Familia, programa social que passou a se chamar Auxílio Brasil.
O ministro de Bolsonaro ainda citou os lucros da Petrobras e outras estatais como vitória de sua gestão neste ano. Guedes lembrou do programa de desestatização, que colocou Eletrobras e Correios na rota da privatização em 2022, além de imóveis de propriedade da União.
“O governo que tem R$ 1,2 trilhão em imóveis, R$ 800 bilhões em empresas estatais, R$ 2,5 trilhões de recebíveis. Vamos gerir melhor esses recursos que é possível erradicar a pobreza”.
Criticas contra governo e ministério
Embora tenha admitido o aumento da pobreza no Brasil, Paulo Guedes rebateu as críticas de ações econômicas tomadas pelo Palácio do Planalto. Ele voltou a culpar a Covid-19 pela crise financeira do país e isentou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de responsabilidade.
“Alguns vão dizer que o Brasil está mais pobre. Sim, guerras empobrecem. O mundo todo ficou mais pobre. Inflação também está alta na Alemanha, Estados Unidos e China. É culpa do governo Bolsonaro? Falam que governo A ou B perderam menos empregos, mas algum outro governo enfrentou a Covid? Então não podemos comparar”, disse.
*Reportagem em atualização