O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais (41), suspeito de abusar sexualmente de várias pacientes, foi solto nesta segunda-feira (4) após uma decisão da Justiça, segundo informou o advogado, o médico havia sido preso há cinco dias em um dos consultórios em que fazia atendimentos, as vítima foram abusadas no Distrito Federal; Goiás e no Paraná. Até sábado a polícia havia calculado 50 denúncias.
“Ele já está em casa. Foi solto no final da tarde. O juiz entendeu que ele não vai atrapalhar as investigações, que ele tem residência fixa, que ele é réu primário”, disse o advogado. A defesa do médico, Carlos Eduardo Gonçalves Martins, disse que o cliente não cometeu nenhum dos crimes investigados e que, por isso, pediu a revogação da prisão preventiva na Justiça. A Diretoria de Administração Penitenciária (DGAP) informou que recebeu, às 18h55, o pedido de soltura.
O advogado explicou que, na decisão, o juiz entendeu que o médico não preencheu os requisitos do Artigo 312 do Código de Processo Penal, que diz que a prisão preventiva poderá ser decretada como “garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal”.
Ainda conforme o defensor, fora da prisão, Nicodemos terá que cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, e não poderá exercer a profissão e nem sair de Anápolis, a 55 km de Goiânia. Ele teria o registro profissional (CRM) ativo nos 4 estados. No DF, a vítima teria descrito o mesmo modus operandi relatado pelas vítimas goianas. No Paraná, uma pessoa também registrou ocorrência por violação sexual e teve o caso arquivado.
Foto: Polícia Civil / GO