Dos 429 incêndios florestais ativos no Canadá, 231 seguiam sem controle, na noite de quinta-feira (8/6). A fumaça tóxica produzida pelas queimadas mudou a paisagem na capital dos EUA, Washington, e em metrópoles como Nova York e Filadélfia, na Pensilvânia. A Agência de Proteção Ambiental (EPA) elevou o alerta a partes da região do Médio Atlântico para o “Código Vermelho-Escuro”, a categoria mais alta do índice de qualidade de ar, após a exposição a níveis de poluição cinco vezes acima do padrão considerado aceitável — algo sem precedentes desde o início dos registros pela ciência.
“Milhões de norte-americanos estão experimentando os efeitos da fumaça resultante dos incêndios florestais devastadores do Canadá, outro lembrete do impacto das mudanças climáticas”, declarou o presidente dos EUA, Joe Biden. Havia a expectativa de que a névoa atingisse a Noruega. Na quarta-feira (6/6), Biden conversou por telefone com o premiê canadense, Justin Trudeau, e ofereceu ajuda adicional para a rápida contenção do fogo, principalmente na província de Quebec, responsável pelo impacto direto nos EUA.
Trudeau acusou a oposição de lutar contra a implementação de seu plano contra as mudanças climáticas. “É vergonhoso que o líder da oposição considere que os incêndios florestais que estão tirando pessoas de suas comunidades e destruindo suas casas são uma mera distração”, desabafou. “Ele não tem nada a dizer sobre isso porque se recusa a apresentar qualquer plano real para lutar contra as mudanças climáticas e não faz nada além de lutar contra nosso plano de lutar contra as mudanças climáticas.”
A agência France-Presse informou que, ante a baixa visibilidade, a Administração Federal de Aviação considerou necessário “gerenciar o fluxo de tráfego com segurança em Nova York, Washington, Filadélfia e Charlotte (Carolina do Norte)”. Os voos para o Aeroporto LaGuardia, de Nova York, e o Aeroporto Internacional da Filadélfia foram retomados após uma pausa.