Um dos principais profissionais da produção de fotografia sensual em Manaus, o fotógrafo Glaucio Rodrigues, foi denunciado por algumas mulheres por usar os ensaios sensuais como pretexto para abusá-las sexualmente. Conforme denúncias recebidas pela redação do Portal Amazônia Press, o fotógrafo induzia a relação sexual e ainda mandava imagens do ato em um grupo do Telegram. Alguns prints revelam que o fotógrafo oferecia o ensaio em troca de ter relações sexuais com as mulheres. Inclusive, uma moça revela que desenvolveu um trauma desde o último ensaio que teve com o fotógrafo.
Conforme denúncias, a sua ex-namorada – que tem um processo contra ele por agressão e segue com medida protetiva – informou à redação que o fotógrafo segue o mesmo padrão com todas as meninas, sempre as convidando para serem fotografadas em apartamentos ou motéis. Agora com a alta das vendas de conteúdo +18, ela declarou ainda que o fotógrafo usa isso como pretexto para assediá-las, apertando e tocando as partes íntimas das mulheres.
A jovem ainda declarou à redação que o fotógrafo a abandonou estando grávida, não prestando assistência com relação à criança e ainda se nega a assinar intimação. “Até mentiram para o promotor de justiça dizendo que ele não morava no endereço onde morava. Ele realmente está fugindo disso”.
Segundo áudios enviados à redação, outro fotógrafo declarou que chegou a denunciar Gláucio em decorrência de um episódio em que uma garota chegou a ele falando sobre um assédio que sofreu durante um ensaio que fez com o fotógrafo. “Ele vivia falando sobre os métodos para ‘pegar’ outras garotas, de como insistia para que elas bebessem, que elas ficavam ‘mais soltas e mais disponíveis’. Segundo ele, nessa época, Gláucio supostamente fez uma emboscada junto com uma garota que sempre fazia ensaios com ele. Do nada ela apareceu querendo fazer ensaio comigo, alegando que seria com o tema indígena e que tinha que ser em um local meio isolado. Mas não confiei”.
Outra testemunha, que já foi próxima à ele, declarou que já ouvia alguns relatos de outras pessoas. “Eu sempre fui uma pessoa besta, e acreditei que esse era ‘o Glaucio do passado’. Frequentava a casa dele para falar de trabalhos e também de venda de conteúdo +18 pois sempre tive interesse e ele era ‘bem recomendado’. Eu resolvi dar uma chance, fiz acredito q dois ou 3 ensaios com ele, mas eu sempre em algum momento me sentia desconfortável. É inegável o talento para a fotografia, porque seu trabalho é bom de fato, mas como fotógrafa, posso te dizer que eu jamais forçaria uma cliente a fazer o que ela não quer”, pontuou.
Além disso, a denunciante declarou ainda que o fotógrafo chegava com conversas explícitas em um nível de intimidade jamais dado. “Eu disse sim que gostaria de vender fotos, mas nada pornográfico porque não gosto, pedi apenas nu artístico, e nesses ensaios eu me sentia desconfortável quando ele pedia pra eu fazer coisas e gestos que eu não queria fazer. É estranho porque quando você vê de fora é muito simples, é só dizer “para”, mas no ato você não sabe muito o que fazer, só agir”.
A testemunha relatou que, em certo momento, percebeu que o relacionamento do fotógrafo (com a sua então ex-namorada) era estranho. “Também passei a notar que ele sempre estava fazendo ‘grandes trabalhos’ e nunca tinha dinheiro para ajudar em nada, nisso a sua ex-namorada ficou grávida, desnutrida, depressiva e cada vez definhando. Tive que ir no hospital passar uma noite com ela quando tava internada pq ele disse que ia e sequer deu noticias”.
Em pronunciamento, o fotógrafo declarou que as conversas foram combinadas e que as denúncias não são verídicas. Inclusive, ressaltou que esperava que isso fosse acontecer, alegando que seria devido à situação do processo com a sua ex-namorada. Além disso, declarou que a mesma faz isso por “ódio e vingança” por serem coisas que ainda estão tramitando pela Justiça.
“Estou esperando algo acontecer para tomar as medidas cabíveis. Eu tenho a minha razão e sei muito bem quem eu sou. As pessoas ao meu redor, que admiram o meu trabalho, sabem quem eu sou. Então, uma só pessoa mancomunadas com mais algumas para querer destruir a minha carreira. Eu não tenho nada para oferecer a ninguém, eu só tenho o meu trabalho. O que ela está fazendo é por ódio”, disse.
ATUALIZAÇÕES: Após a publicação da matéria, outras mulheres entraram em contato com a redação do portal Amazônia Press para denunciar a conduta do profissional.