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O Brasil enfrenta uma crise alarmante de insegurança alimentar, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Segurança Alimentar 2023, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa mostra que quase 600 mil crianças de 0 a 4 anos enfrentam insegurança alimentar grave, condição que pode ser traduzida como fome.

Os dados apontam uma situação preocupante também para crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, com 1,765 milhão sofrendo com a mesma condição de insegurança alimentar grave. Esses números indicam que muitas famílias com crianças e adolescentes estão enfrentando restrições alimentares significativas, demonstrando vulnerabilidade e fragilidade econômica.

A fome também é uma realidade para os idosos. Segundo o IBGE, 2,8% das pessoas com 65 anos ou mais vivem com restrição alimentar, o que é um número preocupante para essa faixa etária, que pode ser especialmente vulnerável a problemas de saúde associados à má nutrição.

O relatório do IBGE aponta que, entre os 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 3,2 milhões enfrentam um cenário de fome. Dos domicílios pesquisados, 21,6 milhões apresentam algum grau de insegurança alimentar, sendo 14,25 milhões de nível leve, 4,15 milhões de nível moderado, e 3,21 milhões em nível grave.

A insegurança alimentar grave, que atinge mais de 3 milhões de lares, é particularmente preocupante porque pode levar a consequências graves para a saúde e o desenvolvimento das crianças, bem como para a qualidade de vida dos idosos. As taxas de insegurança alimentar moderada e leve também são significativas, indicando um grande número de famílias que, embora não sofram fome extrema, enfrentam dificuldades para garantir uma dieta regular e saudável.

Esses dados ressaltam a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para combater a insegurança alimentar e a fome no Brasil, visando a proteção das populações mais vulneráveis e a promoção do bem-estar geral da sociedade.

 

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