Paulo Henrique Ganso em ação pelo Fluminense contra o Santos, seu ex-clube Foto: Guilherme Dionizio/Código 19/Agência O Globo / Agência O Globo

Em trabalhos anteriores, a máxima de Fernando Diniz era de que o treinador tinha boas ideias, mas que, além da sabedoria de como executá-las, lhe faltava sorte. Por mais que a caminhada do técnico no tricolor na atual temporada dê demonstrações de que Diniz conseguiu o que lhe faltava, o empate do Fluminense com o Santos por 2 a 2 na Vila Belmiro indicou que ainda há um certo caminho a percorrer. Com o resultado, o Flu, invicto há 12 jogos, chegou aos 35 pontos e se manteve na terceira colocação do Brasileirão.

Mesmo que, espaçado e sem a velocidade habitual, o tricolor tenha saído derrotado por 1 a 0 no primeiro tempo, com gol do zagueiro Luiz Felipe, a equipe mandou na primeira etapa. Ao todo, foram 66% de posse de bola, o dobro de finalizações dos donos da casa, que tiveram apenas três e 91% de precisão nos passes.

— Acho que controlamos o jogo — falou o volante Nonato na saída para o vestiário.

Para transformar esse controle em bolas na rede, Fernando Diniz, que, suspenso, estava fora do banco de reservas, resolveu ousar na formação da equipe. Com a intenção de melhorar a saída de bola e a conexão da equipe para o ataque, sacou o zagueiro Luccas Claro, colocou Martinelli no time e atrasou André para a zaga. As mudanças surtiram efeito. Aos poucos, o Fluminense começou a pressionar o Santos e rodar pela área santista.

Aos 23 minutos, essa pressão deu resultado. Matheus Martins foi derrubado por Sandry dentro da área. Pênalti que Paulo Henrique Ganso, de cavadinha, converteu para empatar a partida. Na comemoração, o camisa 10, que foi vaiado pelos torcedores do ex-clube durante toda a partida, provocou com gestos de um maestro, como era chamado na época de Santos.

Ganso provoca em comemoração.
Ganso provoca em comemoração. Foto: (Foto: Nayra Halm/Fotoarena/Agência O Globo / Agência O Globo

— O pessoal me xinga, mas é normal no futebol (risos). Sei que eles tem carinho por mim e eu tenho por eles. Quem sabe um dia não possamos nos reencontrar — falou o camisa 10.

Dois minutos depois, a sorte apareceu para o Fluminense. Após lançamento do campo de defesa, a bola bateu nas costas de Gérman Cano e sobrou para Jhon Arias, que, de primeira, virou a partida para o tricolor.

Ao contrário da coragem que demonstrou no intervalo, Diniz retrancou o time depois do gol e, com quatro volantes em campo, viu Marcos Leonardo empatar.

Fonte: Extra