O lançamento do programa Cartão Auxílio Estadual, do governo do Amazonas, com o objetivo de beneficiar 100 mil famílias em situação de extrema pobreza, está sendo acusado de farsa pela população.
O programa que pagará R$600 divididos em três parcelas de R$ 200, começou ser distribuído pelo governo na segunda-feira (1°). O dinheiro é uma ajuda para assegurar o sustento das famílias em situação de vulnerabilidade agravada pela pandemia de Covid-19 no estado.
Em seu discurso sobre quais famílias seriam beneficiadas com cartão, o governo disse que essas pessoas foram selecionados através das informações contidas na base de dados do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, como bolsa família e auxilio emergencial.
Sobre as entregas do cartão, Wilson Lima reforçou que seriam entregues a domicílio, com o objetivo de evitar a exposição dos beneficiários a um risco maior de transmissão da Covid-19.
Desde o início das entregas, várias famílias que estão nos critérios estabelecidos reclamam que não foram selecionadas e acusam que os beneficiários são conhecidos de pessoas próximas ao governo.
“Eu estou desempregada, meu marido também, moro com minha mãe e tenho uma filha, eu vendo churrasco para sobreviver, mas agora com decreto eu não posso, não entendi porque não recebi o auxílio estadual, e nem pessoas próximas que são pobres receberam” disse a vendedora Josiane Leal, de 36 anos, moradora da bairro Nova Cidade.
“Eu recebo apenas 40 reais do bolsa família, baixaram o valor que era de 130 reais, estou sobrevivendo com ajuda de parentes, só queria saber qual foi esse critério do governador Wilson Lima, porque pessoas que precisam não estão recebendo”, concluiu Josiane.
Nas redes socais mais da metade dos comentários são de pessoas que acusam o programa de fraude e querem um reposta de como vão lidar com a crise agravada no estado, já que não podem trabalhar e o único refugio seria essa ajuda do governo.