Gênesis 2:24:
Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua
mulher, e serão os dois uma só carne.
INTRODUÇÃO: Estamos vivendo dias difíceis onde os ataques contra a
família se intensificaram, se tornaram cada vez mais letais e menos
identificáveis, pois vem travestidos de modernidade e de respeito à
liberdade.
O mundo moderno tem-nos obrigado a viver uma vida de casal, porém, com
uma independência perigosa, criminosa e maligna. Alguns casais, mesmo
reconhecendo a necessidade formal e legal da documentação cartorária,
optam por viverem separados, cada um na sua casa, cada um no seu
cantinho, que é para se evitar grandes transtornos, grandes problemas.
Muitos, com o nobre intuito de dar o melhor para sua esposa e filhos,
ficam por muitas horas nos trabalhos, nos estudos, privando a família
da sua presença, que seria a razão para a formação da família.
Outros, dedicam-se demasiadamente à obra do Senhor, deixando a
família, a casa, num abandono total, sob a alegação de que Deus cuida
da nossa família.
E outros, infelizmente, mesmo que tenham tempo, mesmo que fiquem em
casa, não aprenderam a dedicar o seu tempo, nem a remir o seu tempo,
como aconselha a Bíblia, que é a palavra de Deus.
Por outro lado, a igreja tenta impor a autoridade do marido, como o
cabeça e a submissão da mulher, como alguém que só veio para ser
coadjuvante. Sim, é claro que alguém precisa mandar e outro precisa
obedecer ordens. Mas este nunca foi o projeto de Deus. Muito pelo
contrário, só existem estas subdivisões porque o projeto de Deus foi
abandonado pelo homem, ainda no Éden.
Eu até acrescentaria: o homem só pecou porque não viveu o projeto
original de Deus para o casal. Tanto é que quando Deus questionou Adão
sobre a desobediência, ele não pensou duas vezes antes de culpar a sua
esposa.
O que precisamos fazer para termos o nosso casamento segundo a vontade
de Deus?
PRIMEIRA PARTE – Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe –
Precisamos deixar.
Deixar as influências mundanas, as influências das novelas, dos filmes
e voltarmos para a Bíblia. Estamos contaminados pelas influências
externas e pregar a volta às escrituras parece de uma caretice sem
tamanho.
Hoje, até nas festas de casamento procuramos copiar as influências.
Uns querem casamento judaico, com talit, kipar, candelabro e shofar.
Outros querem casamento grego, onde se quebram louças para trazer
felicidade ao casal. Só está faltando se criar influência para as
separações e divórcios.
Precisamos deixar a vida de solteiro. Na vida de solteiro, mesmo com
toda a responsabilidade que o mundo moderno nos impõe, existe a
desobrigação. Não temos obrigação com ninguém, nem conosco mesmo.
Até porque, quando estamos solteiros, independentemente da idade, os
nossos pais é que são responsáveis por nós.
A triste realidade é que o mundo, com os seus sonhos, fantasias, modos
e costumes entraram de vez na nossa casa, que deveria ser o templo do
Senhor e morada do nosso Deus.
SEGUNDA PARTE – unir-se à sua mulher – Fala de união e não de
competição. Muitos casais vivem verdadeiras batalhas, numa disputa
inútil, de quem é o melhor, o mais bonito, o mais inteligente. Nos
documentários da Discovery, aprendemos que na África, quando um leão
quer atacar um bando de gnus, eles (os gnus) se juntam dificultando a
investida do inimigo. Isso é união.
Estamos perdendo esta união e dando lugar à independência. Em algumas
casas já existem dois aparelhos de televisão; um para a novela e outro
para o futebol. No precioso momento que os dois estão em casa, este
momento é desperdiçado, dando lugar ao egoísmo danoso.
Uns chegam a jogar os filhos contra os outros, num jogo sujo,
completamente desleal, por que ele quer ser o bonzão e a esposa a
megera, ou vice e versa.
No domingo passado falamos dos males que atacam a nossa família e que
precisamos estar unidos para combater estes ataques.
TERCEIRA PARTE – e serão os dois uma só carne – fala de unidade –
O grande sonho de Deus é que fôssemos um, uma unidade.
Muita gente confunde e até tem medo da palavra unidade. Ser um com Deus
não quer dizer que eu serei Deus, mas que aceitarei totalmente e
irrestritamente toda a sua vontade para a minha vida.
Eu vou mais além: ser um é ter a consciência que só há um Espírito
que nos rege, que é o Espírito de Deus. Vivendo isso, viveríamos a
onisciência e até a onipresença, que hoje são atributos somente de
Deus.
Gosto de concluir que o versículo de abertura deste sermão é um
decreto de Deus e não um sonho do Seu coração. E, se é um decreto,
cabe à igreja obedecê-lo e cumpri-lo e não questioná-lo ou torná-lo
ultrapassado devido a modernidade dos tempos.
A grande desculpa que surge é que precisamos respeitar a
individualidade de cada um. Pode até ser desculpa. Na igreja não cabe
desculpas ou emendas à lei de Deus. A igreja cabe somente a
obediência, num consenso de que Deus sabe o que é melhor para cada um
de nós.
E como se busca esta unidade? Começamos por nos negar a nós mesmos,
que é o princípio de toda aceitação do plano divino para nós.
CONCLUSÃO: Se realmente quisermos viver uma vida de felicidade no nosso
casamento, se quisermos abençoar e salvar a próxima geração,
precisamos nos render ao projeto original de Deus e buscarmos a unidade,
deixando toda e qualquer cultura e costume e vivermos o real sentido da
família que é gerar filhos santos para santificar o mundo.
Precisamos entender que o casamento não é um castigo, mas uma
manifestação da graça de Deus para a nossa vida e felicidade.
E que Deus possa salvar a nossa família!