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A explosão fatal de uma draga num garimpo nas proximidades da cidade de Maraã, localizada no interior do Amazonas, acendeu a luz vermelho, para esse tipo de atividade sem fiscalização na Amazônia

O incidente resultou na morte de um garimpeiro e deixou ao menos dois trabalhadores desaparecidos. Segundo relatos, a vítima fatal teve sua cabeça completamente arrancada devido à violência da explosão.

A Marinha e o Exército estavam realizando uma operação para retirar as dragas do garimpo e, como parte dessa ação, as dragas foram incendiadas. Mesmo com as balsas ainda em chamas, um dos garimpeiros decidiu adentrar o interior de uma das embarcações em buscas de objetos, possivelmente ouro, mas uma explosão repentina pegou a vitima de surpresa. A explosão causou a morte imediata e brutal do garimpeiro, cuja cabeça foi arrancada e o corpo mutilado no impacto, e resultando também no desaparecimento de outros dois trabalhadores.

A Marinha do Brasil, por meio do Comando Conjunto Uiara informou por nota que, no decorrer da Operação Ágata, atuou no combate a crimes transfronteiriços e ambientais. Dentre as atividades, apoiou os agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) na logística, inteligência e operacionalidade para a neutralização de 51 dragas, na região do rio Japurá.

Ela informou que durante a operação, o trabalho realizado pelas tropas e agentes na desativação da atividade ilícita de garimpagem teve como condicionantes procedimentos que garantissem a segurança de todos os envolvidos.

Quanto a abordagem das dragas, a Marinha afirmou que os tripulantes encontrados a bordo, foram convocados a se apresentarem no convés externo e então, era facultada a eles, a opção de retirar seus pertences pessoais e os materiais não voltados à atividade ilegal.

Feita a revista nas embarcações, os agentes do IBAMA utilizaram material combustível para incendiá-las, a fim de fazer a desativação de forma segura, completou a Marinha.

No fim, o Comando Conjunto Uiara destacou que não foram utilizados e não faziam parte dos protocolos de atuação das Forças Armadas e dos agentes governamentais o uso de explosivos para a desativação de dragas.

Dessa forma, a explosão, ocorrida em uma draga desativada na cidade de Maraã (AM), não está relacionada com a atuação das Forças Armadas na Operação Ágata Amazônia.