Foto: Marcello Casal Jr.
Possíveis cenários econômicos para 2022 estão deixando os economistas com as suas expectativas baixas acerca do desempenho da economia brasileira. Indicadores recentes já apontam para a combinação de estagnação econômica e inflação, decorrentes da retração da atividade econômica e alta nos preços no mercado interno.
O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% no segundo trimestre deste ano, ante os três primeiros meses do ano. Projeções sugerem que o PIB ficará no zero a zero no terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, o IPCA (o índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE) acumulado em 12 meses chegou a 9,68% em agosto.
Nesta terça-feira (14), o banco Itaú reduziu sua expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano de 1,5% para 0,5%. Além disso, o banco também analisou a possível alta de 12,1% para 12,5% no índice do desemprego.
A escassez hídrica é um dos principais fatores que tem contribuído com a queda do desempenho econômico. O bolso do consumidor e a produção de outros bens têm sentido o peso da falta de chuvas e do aumento aumento temperatura, que faz com que os reservatórios de água das hidroelétricas — principais geradores de energia elétrica do País — fiquem cada vez mais reduzidos.
De acordo com economistas, caso o governo federal adote um racionamento, o Produto Interno Bruto (PIB) corre risco de encolher em 2022. Mesmo sem o racionamento, as medidas já tomadas pelo governo já aumentam os custos das empresas.
“A situação hídrica gera pressão adicional sobre a inflação corrente, via aumento das contas de luz, e também sobre a dinâmica de preços do ano que vem, através da inércia resultante de um IPCA mais elevado e do risco de novas medidas que visem à redução do consumo de eletricidade”, disse o Itaú nesta terça.