Manaus- Na madrugada desta segunda-feira (15/2), morreu o ex-procurador geral do Ministério Público do Amazonas, Francisco Cruz vítima de Covid-19.

De acordo com familiares, o ex-procurador estava com 63 anos de idade e estava internado há cerca de um mês em um hospital particular.

Francisco Cruz ficou conhecido internacionalmente pelo documentário “Bandidos na TV”, da Netflix,

No terceiro episódio da série, Francisco relata como as investigações da Polícia Federal (PF) levaram evidências contra Adail sobre abuso e aliciamento infantil. “A Polícia Federal fazendo operação de desvio de recursos federais acabou encontrando nas escutas telefônicas as evidências. Foi um negócio abominável. Eles pegaram o fio da meada e chegaram aos crimes de pedofilia”, afirmou à época.

Nascido em Humaitá, Francisco Cruz formou-se em direito na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Ele ingressou no Ministério Público do Amazonas na década de 1980, atuou como promotor e alcançou o cargo de procurador-geral. Além de Manaus, ele também atuou nas comarcas de São Gabriel da Cachoeira, Santa Izabel do Rio Negro, Parintins, Urucará, Carauari, Barcelos, Humaitá e Eirunepé.

Nesse ínterim em 2010, compôs a lista tríplice e foi escolhido pelo governador do Estado para exercer o honrado cargo de Procurador-Geral de Justiça do Amazonas, no biênio 2010/2012. Em 2012, foi novamente escolhido pela classe e reconduzido ao cargo por mais dois anos, biênio 2012/2014. No final de 2014, pelo Governador do Estado do Amazonas, para exercer o cargo de Secretário de Relações Institucionais.

Carreira

Em 2015, assumiu a Coordenação do Centro de Apoio das Promotorias de Justiça Especializadas na Proteção e Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e da Ordem Urbanística.

Aposentou-se em 2019, quando passou a trabalhar como consultor e a dedicar-se à advocacia.

O ex-procurador, deixa a esposa, dois filhos e uma neta. O enterro deve ocorrer ainda nesta segunda-feira, no Cemitério Parque Tarumã.

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