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A defesa do rei emérito de Espanha, Juan Carlos de Borbón, garantiu nesta quarta-feira (19), durante uma audiência judicial em Londres, que o processo por assédio apresentado pela ex-amante não se sustenta, por falta de provas e por se basear em “puras especulações”.

Em 2020, a dinamarquesa Corinna zu Sayn-Wittgenstein-Sayn entrou com uma ação civil em Londres que ainda está nos estágios iniciais de julgamento. Entre as denúncias feitas por ela, estão ameaças, invasões, espionagem, hacking e difamação por parte do ex-rei para recuperar um “presente” de 65 milhões de euros (cerca de 350 milhões de reais, na cotação atual), após o fim da relação extraconjugal que tiveram entre 2004 e 2009, e a qual a demandante se recusou a retomar em 2012.

Segundo o advogado de Juan Carlos, Adam Wolanski, a empresária de 58 anos pede 146 milhões de euros (em torno de 786,9 milhões de reais) por danos psicológicos e negócios perdidos em decorrência do “assédio”.

No segundo dos quatro dias de audiências preliminares, Wolanski desmentiu os fatos denunciados por Larsen – seu nome de solteira – desde 16 de outubro de 2014, quando afirma que o prazo prescricional termina, embora a solicitante o conteste.

Esta é uma das questões preliminares que a juíza Rowena Collins Rice, do Supremo Tribunal de Londres, terá de decidir após as audiências. A decisão pode ser anunciada após as férias de verão.

Jonathan Caplan, advogado da empresária dinamarquesa, denunciou “uma ampla tentativa” de Juan Carlos “para evitar um julgamento inevitável”.

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