O FRUTO DO ESPÍRITO – EU VOS ESCOLHI – 28/9/2014
João 15:16
Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.
INTRODUÇÃO – O versículo de abertura deste sermão deixa claro que o Senhor Jesus ao nos chamar tinha um objetivo claro e definido quanto a nossa função, participação e atuação no reino.
E isso é tão claro e tão cristalino que traz até a punição para quem não se enquadrar, não aceitar ou preferir desobedecer a Sua proposta, que seria o galho cortado e como não fosse suficiente o corte, seria lançado no fogo para ser queimado.
E por que ainda insistimos em não frutificar? Por que insistimos numa igreja cheia de pessoas infrutíferas? Por que insistimos em sermos tão estéreis e acomodados?
Por que ainda insistimos em orar perguntando qual o nosso chamado, qual o nosso ministério e o que o Senhor quer de cada um de nós?
Por que insistimos num sistema religioso, cujo maior sacrifício é irmos aos cultos nos domingos?
Por que transformamos a maravilhosa Graça de Deus em uma coisa tão insignificante, tão sem sentido, que o maior significado desta graça é a permissão para não termos a menor responsabilidade com o reino, com a vida de oração, com a busca pela santificação, com a igreja, com o evangelho e muito menos com o próximo?
Realmente, como foi pregado no domingo passado, estamos dormindo no meio de mortos espirituais e precisamos urgentemente despertar e levantar para fazermos alguma coisa. Efésios 5:14.
E, se despertamos com o sermão de domingo passado, a Apóstolo Paulo tem quatro conselhos que serão de muita utilidade nesta nossa busca pela frutificação, que está no livro de 1 Coríntios 15:58: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”
Vamos estudar cada um destes conselhos.
PRIMEIRA PARTE – SEDE FIRMES – Se em Romanos 12 o conselho do Apóstolo Paulo era para que não nos conformarmos com este mundo, agora o conselho é para que não nos conformemos com a igreja cada vez mais mundana, carnal e herética.
A igreja que abraçou as estratégias, os modismos e as novidades e aboliu a cruz, o sacrifício salvífico de Jesus, as divinas consolações e as funções de paráclito do Espírito Santo de Deus.
A igreja que prefere os ventos de doutrina, as fábulas, os títulos, a pompa, o luxo, a riqueza e abandona os órfãos, os necessitados, as viúvas, os estrangeiros e os seus verdadeiros profetas.
A igreja que há muito tempo deixou de ser um lugar de refúgio, de descanso, para ser um lugar de tortura, de condenação, de perseguição e de feridas.
A igreja que deixou de ser o lugar dos pobres, dos mendigos, dos simples pescadores, para ser a igreja dos super crentes, onde a fé é medida pelas posses e não pelos frutos.
Precisamos estar firmes e convictos de que sabemos a quem servimos
SEGUNDA PARTE – CONSTANTES – Fala de alvo, de motivação. Precisamos estar inabaláveis na nossa fé, sabendo-se que mil cairão ao nosso lado e dez mil a nossa direita, mas nós não seremos atingidos.
Quando Jesus perguntou aos seus discípulos quem os homens diziam que Ele era, Pedro, o mais instável psicologicamente, o mais humano, talvez até o mais carnal, foi o que deu a resposta mais convincente, mais direta: Tú és o Cristo, filho do Deus vivo. Mais tarde ele reitera esta convicção com uma pergunta que expõe a certeza da sua alma: “para quem iremos nós, se só Tu tens as palavras da vida eterna?”
Precisamos ter esta firme convicção de Pedro, mesmo que em certas horas, dependendo das circunstâncias, fraquejamos.
Precisamos ter a constância dos nossos irmãos no Iraque, que preferem a morte a negar Cristo e render-se ao Islã.
TERCEIRA PARTE – SUPERABUNDANTES NA OBRA DO SENHOR – Quando fazemos alguma coisa para o Senhor, na realidade estamos somente fazendo para nós mesmos e nos livrando de sermos cortados e lançados no fogo.
E quero aqui deixar muito claro que estamos confundindo o fazer a obra do Senhor com o ir a igreja, ir aos cultos.
Jesus, em João 14:12 disse: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai.
Quais as obras de Jesus? Será que ele ia ao Templo? Fazia parte do louvor? Era do ministério de dança profética? Tocava na banda da igreja? Cantava no coral?
Não! Ele disse: E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
Marcos 16:17-18
E o Apóstolo Tiago acrescenta: A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.
Tiago 1:27.
QUARTA PARTE – VOSSO TRABALHO NÃO É VÃO NO SENHOR – Aqui precisamos investir em dois sentimentos: gratidão e ambição.
Gratidão – Sabemos que nada que fizermos cobre o preço pago na cruz do Calvário para nos dar a salvação. Então, tudo o que fizermos ainda será muito pouco.
Ambição – Se o Apóstolo Paulo garante que o nosso trabalho não é vão, podemos entender que ele terá um retorno e este retorno significa bênçãos de Deus sobre a nossa vida.
Gosto de pensar, e já falei várias vezes pra vocês, em pontos de relacionamento: Quanto mais eu faço para Deus mais Ele me abençoa.
CONCLUSÃO – A Bíblia é cheia de argumentos que servem para nos convencer a produzir frutos. Porém, o mais sério, mais contundente, mais claro, mais didático vem do próprio Jesus, em João 15, quando Ele sentencia a quem não produzir os frutos, com a pena do corte e do lançamento no fogo.
Mais claro que isto é impossível.
Então deixemos toda a nossa fraqueza, toda a nossa preguiça e vamos à obra.