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Foi publicado um novo estudo, feito em grande escala, onde se concluiu que o risco de miocardite, após a vacinação contra Covid-19, é raro, mas existente e com maior probabilidade em homens jovens, especialmente após a segunda vacina mRNA-1273 (Moderna).

O estudo foi publicado, nesta segunda-feira, na revista científica Canadian Medical Association Journal também sugere que é importante considerar o tipo de vacina, idade e sexo, no momento da vacinação.

Naveed Janjua, um dos coautores, explica, no estudo, que as “taxas observadas de miocardite são mais altas do que o esperado após a toma de vacinas de mRNA, mas as taxas absolutas foram baixas”.

Os investigadores analisaram dados de saúde da população, que incluiu mais de 10,2 milhões de doses de vacinas de mRNA administradas a pessoas com 12 anos, ou mais, entre dezembro de 2020 e março de 2022. Quase sete milhões eram BNT162b2 (Pfizer-BioNTech) e 3,2 milhões foram doses de mRNA-1273 (Moderna).

Além disto, os investigadores também identificaram quem deu entrada no hospital ou foi para a urgência, com sintomas relacionados com miocardite, entre sete a 21 dias, após tomar a vacina.

Em média, a taxa de miocardite, 21 dias após a vacinação, foi de 1,37 por 100 mil pessoas, em comparação com uma taxa estimada de 0,39 por 100 mil pessoas, não vacinadas.

Também foi possível concluir que as taxas mais altas de miocardite foram em homens (apontada como 2,15 por 100 mil pessoas). Já entre aqueles com idades entre os 18 e os 29 anos, a taxa foi de 2,97 a cada 100 mil pessoas, após a segunda dose foi de 2,27 a cada 100 mil pessoas e em pessoas vacinadas com a Moderna a taxa foi de 1,75 por 100 mil pessoas.

Além disto, entre os homens com 18 a 29 anos que receberam a vacina mRNA-1273 (Moderna), a taxa foi de 22,9 a cada 100 mil pessoas. Após a terceira dose, as taxas de miocardite foram menores, inclusive entre pessoas de 18 a 29 anos.

No estudo, os autores realçam que as taxas gerais de miocardite são muito baixas para ambas as vacinas, no entanto, também afirmam que as suas descobertas apoiam “o uso preferencial da vacina BNT162b2 (Pfizer-BioNTech), sobre a vacina mRNA-1273 (Moderna), para pessoas entre os 18 e os 29 anos”.

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