O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (13) que se trata de “especulação” a informação de que ele teria pedido ajuda ao presidente dos EUA, Joe Biden, para conseguir a reeleição em outubro.
A notícia foi divulgada pela agência “Bloomberg”, que atribuiu as informações a “pessoas familiarizadas com o assunto”, que pediram para não ser identificadas.
O pedido de ajuda, segundo a agência, foi feito no encontro entre os dois presidentes durante a Cúpula das Américas, realizado na semana passada, em Los Angeles.
Nesta segunda, questionado sobre a informação divulgada pela “Bloomberg”, Bolsonaro afirmou que os temas da conversa privada com Biden são reservados e não seriam revelados por ele ou pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que estava presente no encontro.
“Não existe isso aí. Teve uma reunião que chama de bilateral ampliada, no total umas 20 pessoas presentes. Foi (sic) 30 minutos de conversa. E depois pedi uma reservada com o Joe Biden. Daí, nessa reservada tinha eu, o ministro Carlos França do Brasil, nosso embaixador. Do lado do Biden tinha o embaixador dele e uma intérprete”, relatou Bolsonaro durante entrevista à rádio CBN Recife.
“O que nós tratamos ali é reservado, cada um pode falar o que bem entender. Agora [a Bloomberg] não cita a fonte, ‘segundo tal pessoa’. O que eu conversei com o Biden não sai de mim , não sai do Carlos França. Assim como o que conversei com o Putin em fevereiro deste ano, quando fui lá tratar, entre outras coisas, de fertilizantes, fica entre nós. É especulação. Conversamos sobre vários assuntos”, disse o presidente.
Segundo a agência, Bolsonaro disse a Biden que os planos do pré-candidato do PT à presidência e líder nas pesquisas, o ex-presidente Lula, vão contra os interesses dos norte-americanos.
Ainda de acordo com a “Bloomberg”, uma das fontes consultadas relatou que, diante do pedido de ajuda de Bolsonaro, Biden mudou de assunto.
Biden e Bolsonaro
Foi a primeira reunião bilateral entre os dois presidentes. Biden assumiu o governo dos EUA em janeiro de 2021, após derrotar o então presidente Donald Trump.
Bolsonaro é aliado de Trump e deu apoio público ao adversário de Biden durante as eleições norte-americanas de 2020. Depois, apoiou a tese de que a derrota de Trump se deveu a fraude.
No Brasil, Bolsonaro tem feito ataques às urnas eletrônicas e a membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vai conduzir as eleições de outubro. O presidente também tem colocado em dúvida a segurança das eleições.
Fonte: G1