A cidade de Coari, carinhosamente chamada de “rainha do Solimões” na região norte, enfrenta um período de inquietação, com a recente notificação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) devido a irregularidades nos gastos com pessoal que ultrapassaram os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, além desse escândalo financeiro, outra questão preocupante vem à tona, envolvendo a Escola Municipal de Educação Infantil Sandra Braga, localizada no bairro Pera.
Esta instituição de ensino, quando inaugurada, estava supostamente equipada com uma série de instalações essenciais, como biblioteca/sala de leitura, pátio coberto, parque infantil, refeitório e área verde. No entanto, a realidade enfrentada pelas crianças e seus pais é bem diferente, revelando sérias deficiências na infraestrutura.
Uma mãe, que preferiu não se identificar por temer represálias, expôs sua indignação e preocupação à mídia local. Ela alega que a escola não dispõe de banheiros adequados para atender às necessidades das crianças, que são obrigadas a recorrer a um centro comunitário nas proximidades, aberto ao público em geral. Além disso, a falta de uma área adequada para refeições resulta no consumo de refeições dentro das salas de aula, privando as crianças de um ambiente apropriado para suas atividades escolares e recreativas.
A situação se agrava quando se considera a segurança das crianças, já que o banheiro utilizado está acessível ao público em geral, o que gera preocupações legítimas sobre sua proteção.
“Na escola em si não tem banheiro para atender a demanda das crianças, as crianças fazem suas necessidades em um centro comunitário ao lado da escola, onde é aberto ao público. Além disso, a escola não tem uma área para as crianças fazerem suas refeições, as mesmas fazem dentro da própria sala, também não tem uma área para atividades escolares. Agora já pensou se acontece alguma coisa grave com uma dessas crianças nesse banheiro que é aberto à comunidade?”, disse a denunciante.
Esta não é uma questão recente, e a mãe em questão alega que tentou abordar o problema com a diretora da escola sem sucesso. Além disso, suas tentativas de solicitar a intervenção de autoridades locais, como vereadores e o prefeito da cidade, através das redes sociais, também se mostraram infrutíferas.
“Olha, isso já faz anos, antes essas crianças estudavam numa escola que tinha tudo isso aí. Uma mãezinha do maternal falou que sempre vai alguém acompanhando as crianças menores, mas as crianças mais velhas, vão só”.
“A Diretora só diz que vai resolver e nunca resolve nada, e diz que tenho que falar com as outras professoras,essa diretoria só faz o que o secretário de educação diz, infelizmente. Já denunciei no instagram do prefeito, vereadores e ninguém faz nada, nem visitar eles vão”, finaliza.
A redação entrou em contato com a Secretaria de Educação do município para obter mais informações a respeito da denúncia, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos resposta. Nos colocamos à disposição da prefeitura/secretaria de educação para esclarecimentos adicionais, bem como agendar uma entrevista ou obter declarações oficiais sobre o assunto.
