No penúltimo ano da nova graduação, Cláudio Valente diz ter feito a escolha certa: "A medicina é deslumbrante" - (crédito: Arquivo Pessoal)

Cláudio Valente, pai de quatro filhos, ocupava cargo executivo em uma multinacional quando decidiu, aos 50 anos, mudar de vida e dar início ao curso de medicina. O engenheiro mecânico enfrentou as incertezas da decisão, os preconceitos com a idade e abraçou o antigo sonho.

Desde a juventude, Cláudio nutria um interesse profundo pela área médica. Mas as demandas financeiras e a necessidade de sustentar a família o levaram a abrir mão do objetivo, optando pela carreira de engenheiro. “Eu trabalhava durante todo o dia e, à noite, seguia para a faculdade para estudar”, relembra. Nascido em São Bernardo do Campo (SP), uma região conhecida por sua oferta de empregos na área industrial, Valente passou 33 anos de sua vida trabalhando em uma fábrica automobilística, contribuindo para o sustento da família.

“Durante muito tempo, eu nem pensava mais na medicina. As coisas haviam se estabilizado, eu havia passado de técnico a gerente de manutenção na empresa onde trabalhava”, conta ele. Mas ainda faltava uma peça na história de Cláudio para que ele se sentisse totalmente realizado.

Com a aposentadoria se aproximando e sua vida financeira mais estável, ele sentiu que era o momento de resgatar seu antigo desejo, adormecido pelo tempo. Determinado a alcançar essa meta, Cláudio decidiu ingressar em um cursinho preparatório para o vestibular. Mesmo ciente dos desafios que enfrentaria, o agora estudante não deixou que a idade fosse um obstáculo para seguir seu sonho.

“Meu maior desafio foi abandonar uma carreira de 30 anos para ingressar em um meio de pessoas muito mais jovens”, conta. “Eu já não lembrava mais de nada, tive que reaprender tudo e, nesse momento, precisei respirar fundo para não desanimar”, completa Cláudio.

*Confira a matéria completa no Correio Braziliense.