No mundo quando se cita a Amazônia, uma das primeiras imagens que aparece é o famoso fenômeno Encontro das Águas. Ponto turístico mais desejado por turistas estrangeiros e brasileiros, tornou-se também um símbolo de beleza e encanto, da Manaus ribeirinha e urbana. Então aproveite o feriado dos 352 anos da cidade, e venha conhecer um pouco de um dos mais visitados pontos turísticos naturais do mundo, com curiosidades e dicas de como chegar até o local.

Quem ainda não teve a oportunidade de ver de perto o Encontro das Águas, precisa urgentemente apreciar esse fenômeno que acontece em Manaus. Infelizmente boa parte dos turistas em nossa região é estrangeira e não dos brasileiros. Um espetáculo único que a natureza proporciona. Ele é considerado um ponto turístico brasileiro e internacional, e muitas agências de turismo oferecem passeios de barcos. Esse fenômeno foi imortalizado em músicas, artes plásticas, teatro, cinema, poesias, shows, pedido de casamento e até em marca internacional de chocolate.

Entendendo o Encontro das Águas

O Encontro das Águas é o encontro do Rio Negro com o Rio Solimões, que, inicialmente, não se misturam. Este fenômeno se estende por cerca de 6 km. Depois que eles se juntam, passam a receber o nome de Rio Amazonas, um dos principais meios econômicos e de transporte para os habitantes da cidade de Manaus.

O Rio Negro é ácido, cheio de húmus (cor negra), quente e lento: sua temperatura chega a 27ºC, e corre entre 2 e 3 km/h. Já o Solimões, que abaixo de Manaus se torna Amazonas, tem bastante cálcio e magnésio em suspensão (cor amarelada), morno e mais rápido: a temperatura média da água é de 22ºC, e sua velocidade, entre 4 e 6 km/h.

Como chegar até o local

O Porto da Ceasa fica para os lados da Zona Franca, na ponta leste de Manaus (no extremo oposto do hotel Tropical, que fica na ponta oeste da cidade). Como está exatamente em frente ao ponto em que o Solimões desemboca e se perfila por 6 km ao lado do rio Negro, serve como ponto de partida perfeito para passeios rápidos ao Encontro das Águas.

Você chega, de carro ou táxi, e procura essa portinha da cooperativa de barqueiros Sol Negro, ao lado do ponto de táxi. A partir de 4 pessoas, o barqueiro da vez cobrará R$ 20 por passageiro. Mas se o grupo for menor, o barqueiro topará sair por R$ 80. Em menos de 10 minutos, o barco chega ao ponto de encontro dos rios, e então trata de percorrer a linha divisória, como se obedecesse à sinalização de uma pista.

Na verdade o contraste fica mais evidente quando você está um pouquinho de nada afastado do encontro; em cima da linha você percebe que a linha não é assim tão simétrica. Algo muito excitante é sentir a diferença de temperatura: o barqueiro vai pedir para você pôr a mão na água no momento em que atravessar a linha divisória. Ao cruzar do Negro, quente, para o Solimões, é como se abrissem a torneira fria para temperar a água. O preço do passeio, R$ 20 por passageiro (a partir de 4 pessoas) ou R$ 80 por barco (para até 3 passageiros) mas é possível negociar com os barqueiros.

Fenômeno Internacional

Em 2020 completou dez anos do tombamento do Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões, ponto turístico conhecido internacionalmente, aguarda a homologação como patrimônio cultural e natural pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Nacional (Iphan), órgão ligado ao Ministério da Cultura.

Memorial

O grande arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, projetou um parque que tem vista para o Encontro das Águas. O Memorial Encontro das Águas, assim será chamado o parque, foi projetado há 14 anos para a copa do mundo de 2014, em Manaus, desde então um dos últimos maravilhosos projetos de Niemeyer, que custou aos cofres públicos na época R$600 mil. O atual prefeito de Manaus, David Almeida, esteve no local e agora pretende retomar o projeto, que tem como objetivo fomentar o turismo e ser mais um atrativo de lazer aos manauaras.

Foto original do projeto Memorial Encontro das Águas

Foto: Divulgação