A maternidadeé um desafio enorme para as mulheres e o mercado de trabalho fica mais difícil nessa condição. Entretanto, algumas empresas já discutem a necessidade dos profissionais estabelecerem equilíbrio entre vida profissional e pessoa. A mineira Natália Arcanjo é empresária e há quatro anos criou o “Do It Girls” com duas amigas.
O grupo nasceu da necessidade que sentia no mundo feminino: a possibilidade de falar e debater questões empresariais. O primeiro encontro envolveu 30 mulheres e hoje são 300 que partilham histórias e dúvidas sobre empreendedorismo. Um assunto bastante abordado é como conciliar o trabalho e a maternidade.
Para Natália, uma dessas respostas é conseguir dividir as funções em casa. “Aqui a gente tem uma expressão que é ‘equilibrando os pratos’. É difícil, mas não impossível e a gente gosta de mostrar isso, porque muitas mulheres abrem mão dos sonhos profissionais e ambições por causa da maternidade. É muito importante entender que a responsabilidade de criar um filho é dividida”, disse Natália. O que muitos especialistas dizem é sobre a necessidade de falar cada vez mais sobre o assunto, principalmente apoiando mulheres que terão filho. No Brasilo debate é tímido e encabeçado por multinacionais.
Eduardo Prazeres é diretor de RH de uma empresa de gestão de software que já atua com esse pensamento. Ele ressalta que o meio corporativo tem tentado estabelecer um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. “A gente passa essa tranquilidade de dizer ‘olha, você está grávida e tem nosso apoio durante e após’. Tanto que quando nasce, recebe um kit de nascimento no hospital”, detalha Eduardo. Para Natália, é necessário que as mulheres ocupem mais espaços. “O que a gente precisa mesmo são mais mulheres em cargos de liderança em todos os setores”, conclui.