Projetos elaborados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) e a parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF) vão proporcionar a pescadores artesanais de todas as regiões o acesso a um volume inédito de crédito rural em 2022. Com a recém-lançada Linha Pescador, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), cerca de 300 famílias de vilas e colônias do distrito de Mosqueiro, em Belém, e de Almeirim, município da região Oeste, devem ser beneficiadas imediatamente com créditos individuais entre R$ 200 mil e R$ 250 mil, para custeio e investimento.
“É um momento revolucionário para um estado como o Pará, onde este rio é minha rua, e onde o encontro das águas é sempre um espetáculo. Até então, o crédito disponível para a pesca artesanal, via Pronaf, não ultrapassava R$ 3 mil. O pescador e a pescadora se sentiam desmotivados, e a cadeia produtiva se engessava”, informou o responsável geral por Crédito Rural da Emater, Thiago Leão.
O incentivo à pesca artesanal é fundamental para as comunidades ribeirinhas atendidas pela Emater
Na próxima quarta-feira (23), em reunião por videoconferência entre equipes da Caixa Econômica e Emater, serão definidos os procedimentos para viabilizar o acesso aos recursos.
Socioeconomia – Em Almeirim, cerca de 150 pescadores ligados a uma colônia e dois sindicatos estão sendo mobilizados para a iniciativa. São oriundos de comunidades ribeirinhas ao longo do Rio Paru, afluente do Rio Amazonas, e do próprio Amazonas, com experiência em pesca de dourada, filhote e piaba.
“É uma socioeconomia tão importante, que o peixe daqui abastece o Ver-o-Peso (em Belém). Mas faltam recursos para conservação e beneficiamento, como fábrica de gelo e filetamento. Além disso, o incentivo melhora demais a dinâmica, com a compra de apetrechos, tornando a pesca mais sustentável e segura, inclusive para o ecossistema”, explicou o chefe do escritório da Emater em Almeirim, Elinaldo Silva.
Texto: Aline Miranda – Ascom/Emater
