O deputado General Girão (PL-RN) realizou um discurso machista durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento Sem Terra (MST). Em pronunciamento, Girão disse que respeitava as mulheres por elas serem as “responsáveis pela procriação e pela harmonia da família”.
O bate-boca começou depois do deputado Éder Mauro (PL-PA) dizer que Sâmia e Talíria Petrone (PSOL-RJ) eram do grupo do “chorume comunista”, além de acusá-las de financiamento de invasões.
“A atitude da senhora a gente lamenta bastante. As mulheres têm responsabilidades, sim, e eu as respeito bastante, muito, porque elas são responsáveis pela procriação e pela harmonia da família. E a senhora não”, disse Girão. A fala do deputado aconteceu durante um bate-boca com a colega Sâmia Bonfim (PSOL-SP). O parlamentar disse que a deputada “se vale de ser mulher para silenciar os demais e se vitimizar, quando lhe convém”.
A sessão foi suspensa por alguns minutos, sem microfones ligados, enquanto Sâmia falava. O presidente da CPI, Ricardo Salles solicitou à secretária da Mesa que os membros da CPI em conjunto representassem contra Sâmia Bomfim: “Sempre que esta deputada quer se vitimizar diz que é interrompida, então esse momento precisa ficar registrado”. Com informações do Metrópoles.
O general Girão ainda solicitou que a Polícia Legislativa tirasse a deputada do Psol do plenário. Depois de mais um pouco de bate-boca, e com os ânimos acalmados, o deputado lamentou o episódio, com mais uma fala considerada machista.