O bilionário e novo proprietário da rede social Twitter, Elon Musk, anunciou na última quinta-feira, 10, durante uma reunião emergencial com seus funcionários, que não exclui a possibilidade de pedir falência para o Twitter no próximo ano. Esta notícia deixou o clima tenso, ainda mais depois do período turbulento e dramático que foi a chegada do bilionário na rede social.
Segundo Zoë Schiffer, editora-gerente do The Information e Platformer, Musk fez o comunicado após um de seus colaboradores perguntar sobre a taxa de execução atual da empresa.
E para deixar o clima mais pesado, o CEO da Tesla disse aos colaboradores que, se eles não estivessem presentes na empresa por, no mínimo, 40 horas semanais, eles já poderiam começar a escrever sua carta de demissão. Musk ainda insistiu que os funcionários voltassem ao escritório, embora o Twitter antigamente aceitasse que eles trabalhassem de qualquer lugar.
Entenda melhor a situação de Musk no Twitter
Os problemas começaram por Musk querer monetizar o Twitter de todas as maneiras possíveis, incluindo a criação de uma cobrança ao usuário para ter um controverso selo de verificação por US$ 8 por mês. Mas os trolls da internet já desvendaram algumas formas de driblar a plataforma, inscrevendo novas contas, comprando crachás e fingindo serem personalidades e companhias influentes, como LeBron James e Nintendo.
Apesar de ter sido considerada uma situação inesperada e rara de se acontecer, a Comissão Federal do Comércio (FTC, sigla em inglês) emitiu um comunicado, tendo um porta-voz representante falando que a comissão está enxergando a empresa “com profunda preocupação”.
Musk iniciou no controle do Twitter na semana passada, após uma compra de US$ 44 bilhões da qual ele inicialmente quis ‘dar para trás”. Até agora, o CEO da Tesla fez demissões em massa, acabou com seu conselho e transformou o Twitter em uma empresa privada.
Diversas marcas anunciantes conhecidas mundialmente, como Volkswagen, GM e General Mills, deram uma pausa ou retiraram da rede suas propagandas com medo de que o novo dono realizasse sua promessa de mudanças dos termos do Twitter. E para completar, o bilionário ainda tentou ameaçar estas empresas publicamente, a fim de que elas voltassem atrás em suas decisões, o que de fato não aconteceu.
Na última semana, o dono da rede social demitiu 3.700 funcionários do Twitter, ou seja, metade do seu quadro geral de colaboradores.