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Na última terça-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou para participar do encontro com o presidente da China, Xi Jinping, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile. A presença de Stédile na comitiva oficial em Pequim ocorreu após a divulgação de um vídeo em que o dirigente do movimento prometeu retornar ainda este mês às invasões de terra. 

Stédile, no entanto, não é figura bem vista pelo setor produtivo rural e o prestígio dado ao dirigente do MST acontece no mesmo momento em que o governo petista tenta se aproximar e romper resistências junto ao agronegócio. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu a prisão temporária ou preventiva de Stédile.

O pedido foi motivado pelo o vídeo na qual o líder do MST afirma que em abril “haverá mobilizações (do movimento) em todos os estados, seja marchas, vigílias, ocupações de terra, as mil e uma formas de pressionar que a Constituição seja aplicada e que latifúndios improdutivos sejam desapropriados e entregues às famílias acampadas”. 

Na quinta-feira (13), ao participar da posse da ex-presidente Dilma Rousseff como dirigente do banco dos BRICS, Lula fez questão de registrar a presença de Stédile no evento em Xangai. 

O ex-deputado Chico Preto, avaliou o episódio como sendo o “cúmulo do absurdo” a presença do líder do MST, João Pedro Stédile, na comitiva de Lula na visita ao país. 

“Veja o cúmulo do absurdo, Lula em viagem oficial para china leva consigo, na comitiva presidencial, João Pedro Stédile, chefe do MST ( Movimento Sem Terra no Brasil) movimento esse que agora no mês de abril tá promovendo uma série de invasões causando aí, essa estabilidade política e jurídica principalmente no agronegócio brasileiro, que é o maior segmento de exportação do nosso país. Isso é a cara de um governo que esqueceu ou talvez nunca soube qual é o seu papel. O papel do governo brasileiro é proteger a propriedade privada, incentivar a produção de alimentos, uma vez que o agronegócio é o maior segmento de exportação e de geração de emprego nesse país, mas o governo se comporta como adversário como inimigo desse segmento,” declarou.

Sobre as declarações feitas por Stédile na China das possíveis futuras invasões de terra promovidas pelo MST, Chico Preto diz ser um episódio de violação dos direitos do agronegócio brasileiro.

“Sem cerimônia nenhuma João Pedro Stédile reafirmou debaixo das barbas das autoridades brasileiras, que MST vai continuar invadindo, e pior, o governo dá uma declaração dizendo ‘Não nós vamos combater as invasões ilegais’ mas existe invasão legal? [..] Esse episódio é um murro na cara do agronegócio brasileiro, dos empresários, do pequeno produtor, que trabalha, que investe, que gera empregos, que paga impostos e ajuda desenvolver esse país”, finalizou.

Por: Camili Vitória.