A ex-prefeita de Coari, Ducirene da Cruz Menezes, mais conhecida como Dulce Menezes (MDB), é investigada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) por contratos firmados no valor de R$ 7,5 milhões para a realização de obras de infraestrutura já feitas pelo Governo do Amazonas. Dulce Menezes assumiu a cadeira de prefeita interina em 2021 e vale ressaltar que não é a primeira vez que a ex-prefeita é alvo de investigações feitas pelo MPAM.
Membro da família Pinheiro, Dulce é vereadora e atualmente atua como Câmara Municipal de Coari. Como prefeita interina, a vereadora foi investigada várias vezes pelo Ministério e tem pelo menos oito contratações investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) por suspeita de superfaturamento ou favorecimento de familiares.
O Diário Oficial do órgão, publicado na segunda-feira (06) aponta que foram instaurados dois inquéritos civis para apurar possível crime de improbidade administrativa. Um deles é referente a um contrato de 2021 firmado com a empresa IF Engenharia, no valor de R$ 1,9 milhões e o outro é relacionado ao ao valor de mais de R$ 5,5 milhões pago a empresa Trifity Construção Ltda para aquisição de materiais para a mesma obra que, segundo o MPAM, é “idêntico ao já licitado pelo governo do Amazonas, para utilização da Estrada Coari-Itapéua”.
O contrato firmado com a IF Engenharia tinha a finalidade da realizar serviços de urbanização da vicinal de acesso à comunidade do Guarabira, no entanto, a obra já havia sido realizada pelo Governo do Amazonas em março de 2020 e fez parte de um investimento de R$ 16,3 milhões.
A empresa Trifity Construção Ltda, com nome fantasia Único Asfaltos, já teve as contas de 2010 do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) e uma decisão tomada em 2016 determinou que a empresa evolvesse R$ 78 mil por irregularidade na prestação de contas de 2013.