Celebrado no dia 14 de novembro, o ‘Dia Mundial do Diabetes‘ alerta a população acerca dos problemas associados à doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, representando 6,9% da população do país.
Neste ano, com o tema ‘Família e Diabetes‘, a campanha destaca a importância da presença dos familiares para a prevenção e controle da doença. Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) mostra que o diagnóstico da doença cresceu 24% entre brasileiros com 18 anos ou mais, de 2008 a 2018.
De acordo com a endocrinologista e consultora médica do Sabin, Dorothy Carriço, a pesquisa mostra que o diabetes não atinge apenas os mais velhos.
“Além do diabetes já ser uma epidemia mundial, o problema está atingindo pessoas cada vez mais jovens, e isso é muito grave. Hoje em dia, a gente faz diagnóstico de Diabetes tipo 2 em pessoas com 20, 30 anos de idade, devido a alimentação errada e sedentarismo desde a infância, além da questão genética”, ressalta.
Os principais problemas associados ao diabetes são a alta mortalidade por doenças cardiovasculares (infartos e insuficiência cardíaca), AVC (derrame), complicações específicas da doença, como insuficiência renal, perda da visão, alteração de sensibilidade nos membros inferiores e o que pode levar a úlceras e amputações.
O diabetes atinge 425 milhões de pessoas no mundo todo e desse total, mais de um milhão são crianças e adolescentes com diabetes tipo 1, que é uma doença crônica não transmissível, hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. O tipo 1 aparece com mais frequência na infância ou adolescência, mas os adultos também podem ser diagnosticados.
Também existe o diabetes tipo 2 que ocorre quando o corpo não aproveita bem a insulina produzida. O diabetes tipo 2 é relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevado, hipertensão e hábitos alimentares inadequados, de acordo com o Ministério da Saúde.
A endocrinologista Dorothy Carriço diz ainda que há como driblar ou controlar a doença com bons hábitos, principalmente o tipo 2. “É totalmente evitável se o paciente tiver um estilo de vida saudável, com alimentação adequada e atividade física diária”, disse.
“A doença, na fase inicial, é muito assintomática, não tem sintoma nenhum. Quando vai evoluindo a glicose, aí os sintomas vão aparecendo, entre eles muita sede, muita fome, o paciente passa a urinar mais, e nas mulheres aumenta o índice de candidíase por conta do açúcar no sangue. Na fase mais grave, começa até mesmo a perder peso, quando a glicose já está bastante alterada”, explicou a endocrinologista que o diabetes requer muita atenção e acompanhamento, visto que é uma doença crônica e silenciosa.
Com informações da assessoria