O dia 5 de setembro foi escolhido para celebrar o Dia da Amazônia em homenagem à criação da Província do Amazonas em 1850 por Dom Pedro II. A palavra “Amazônia” deriva de “Amazonas,” que significa “mulher guerreira”. Segundo a Amazônia Protege, a floresta da região desempenha um papel crucial ao garantir chuvas para grande parte da América do Sul e ao combater o aquecimento global e as mudanças climáticas. Ela abriga uma vasta biodiversidade, incluindo milhares de espécies de plantas e animais, algumas ainda desconhecidas ou pouco estudadas.
Agricultura, pecuária, exploração madeireira, grilagem de terras, garimpo e expansão dos assentamentos humanos têm impactos significativos na floresta, especialmente quando realizados ilegalmente. Embora tenham sido tomadas medidas nos últimos anos, a fiscalização na imensa Amazônia é um desafio, e a colaboração da população é essencial.
O engenheiro ambiental e Especialista em Energias Renováveis, Agner Gustavo de Oliveira, compartilhou em entrevista ao portal Amazônia Press algumas das dificuldades enfrentadas pela região nas últimas décadas e enfatizou a importância e diversidade da Amazônia.
“Hoje tentar conciliar o desenvolvimento do país, da região norte e a questão do desmatamento, preservação da floresta em pé, é muito complexo, muitos fatores sociais, culturais entram em jogo. Hoje o maior desafio da floresta amazônica é o desmatamento, a gente não pode esquecer que a floresta amazônica é responsável direta por grande parte das chuvas no restante do país, então a floresta em pé tem um valor incalculável, pela importância que tem a região amazônica”, disse o especialista.
“Os investimentos são poucos em preservação, ainda não ficou claro para os governantes isso. O nosso país é um país predominantemente agrícola, então o PIB do país precisa da agricultura, da pecuária, e a agricultura e pecuária precisam da chuva, então só ligar uma coisa à outra”, ressalta o engenheiro.
Ele também destacou que uma educação ambiental mais abrangente é fundamental para mudar o cenário: “Para que mude essa questão do desmatamento um fator que precisaria ser mudado tenho certeza seria a questão da mentalidade das pessoas, então a gente estaria falando de questões culturais de educação mesmo da população. A própria desigualdade social também joga um papel fundamental aí, as pessoas têm que buscar a sua sobrevivência e elas vão buscar do jeito que elas podem infelizmente”, finaliza o engenheiro ambiental.
Manter a floresta em pé e os rios fluindo é um desafio da humanidade. A natureza tem avisado que a degradação ambiental não pode continuar, e o desenvolvimento sustentável deve ser um diálogo diário, respeitando vidas e construindo um futuro melhor para todos.