Segundo dados divulgados pelo Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), o desmatamento da Mata Atlântica teve uma redução significativa de 55%. No período de janeiro a junho deste ano, foram desmatados mais de 20.000 hectares, em contraste com os mais de 47.000 hectares registrados no mesmo período do ano anterior. Apesar dessa diminuição expressiva, a situação ainda é considerada alarmante pela SOS Mata Atlântica, uma vez que a área destruída equivale a cerca de 20.000 campos de futebol. A meta de zerar o desmatamento ainda é um grande desafio.
De acordo com o diretor executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes Pinto, a redução no desmatamento é atribuída a uma série de fatores, incluindo o fortalecimento do Ministério do Meio Ambiente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Além disso, a implementação de políticas públicas eficazes, como a intensificação da fiscalização, tem desempenhado um papel crucial. No entanto, a impunidade dos crimes ambientais continua sendo um grande obstáculo para alcançar a meta de zerar o desmatamento e cumprir as metas estabelecidas para a preservação da Mata Atlântica.
“Para o Brasil cumprir os compromissos firmados no Acordo de Paris, devemos alcançar o desmatamento zero em todos os biomas até 2030. A Mata Atlântica tem o potencial de ser o primeiro bioma brasileiro a fazer isso, com a chance de se tornar uma referência para o país e para o mundo no combate às crises ambientais e climáticas”, afirma Luis Fernando Guedes Pinto.
*Com informações de Yasmin Nascimento
*Reportagem produzida com auxílio de IA