No Ceará, a taxa de desemprego diminuiu, de 12,4% para 11,1% da força de trabalho local, entre o terceiro e o quarto trimestre de 2021. O contingente de desempregados foi estimado em 439 mil pessoas, 52 mil a menos do que no trimestre anterior. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgadas nesta quinta-feira (24).
O resultado decorreu do aumento do nível de ocupação (abertura de 62 mil postos de trabalho, ou 1,8%) e da relativa estabilidade da força de trabalho local (nove mil pessoas entraram no mercado de trabalho estadual, ou 0,2%). A taxa de participação – proporção de pessoas de 14 anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – variou de 53,3% para 53,1%.
“O crescimento do nível de ocupação sinaliza para a consolidação da retomada da economia cearense. Nesse sentido, é importante destacar os investimentos públicos, do Governo do Ceará, a exemplo de programas para a geração de postos de trabalho, como o Mais Empregos Ceará, e o de incentivo a pequenos empreendimentos, como o Ceará Credi”, acrescenta o presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Vladyson Viana.
O nível de ocupação cresceu 1,8% e o contingente de ocupados foi estimado em 3.522 mil pessoas. Sob a ótica setorial, esse resultado decorreu do aumento da oferta de trabalho em quase todos os segmentos econômicos analisados, exceto na construção (extinção de quatro mil postos de trabalho), indústria geral (-30 mil) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-21 mil) que fecharam postos de trabalho, entre o terceiro e o quatro trimestre de 2021.
Outro aspecto relevante é que, entre o terceiro e quarto trimestre de 2021, o rendimento médio real dos ocupados diminuiu 2,2% e passou a ser estimado em R$ 1.756. Já a massa de rendimentos reais pouco variou (-0,3%), dado que o aumento do nível de ocupação quase compensou a queda do rendimento médio real.