Foto: Divulgacão

Os municípios da Amazônia que mais destruíram a floresta nos últimos três anos também tiveram os piores desempenhos sociais. Essa é principal conclusão do estudo divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Imazon, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia. 

Foram analisados 47 indicadores de qualidade de vida de saúde, educação, segurança e moradia, para estabelecer o IPS, Índice de Progresso Social dos municípios da região, conforme explica Beto Veríssimo, coordenador da pesquisa.

Cruzando os dados com o Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Imazon verificou que os 29 territórios com as notas mais altas (superiores a 61 pontos) tiveram um desmatamento médio de 20 km² entre 2020 e 2022. Já os 89 municípios que tiveram as avaliações mais baixas (inferiores a 50 pontos) perderam uma média de 86 km². Os piores resultados foram no Pará, Acre e Roraima. 

Em 2020, a Amazônia foi responsável por mais da metade das emissões de gases de efeito estufa do Brasil, mas contribuiu com apenas 9% do PIB. 

Beto Veríssimo, coordenador da pesquisa, explica que o período de 2004 a 2012 foi o de maior queda na taxa de desmatamento e foi quando a economia da Amazônia mais cresceu. Já entre 2017 e 2022, quando a destruição da floresta aumentou, a economia caiu. Segundo o pesquisador, uma alternativa positiva para a situação está no desenvolvimento das cidades e da economia verde. 

A título de comparação, se a região fosse um país, ela ocuparia a 44ª pior posição, entre os 169 avaliados pelo mesmo Índice de Progresso Social. 

Agência Brasil