Apesar do apoio do governo para tentar fazer de Thelma presidente do IPCC, ela ficou em segundo lugar - (crédito: Luara Baggi/Ascom MCTI)

A cientista brasileira Thelma Krug foi derrotada, ontem, na eleição para a presidência do Painel Intergovernamental para a Mudança do Clima (IPCC), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) e responsável por pesquisas sobre as mudanças climáticas. O posto será ocupado pelo professor escocês James Ferguson Skea, que leciona a matéria de Energia Sustentável no Imperial College, de Londres, e presidiu o último relatório do IPCC. Ele substitui o economista sul-coreano Hoesung Lee.

Com o resultado de ontem, a Europa e os países desenvolvidos mantêm o controle do principal órgão climático do mundo e da agenda de debates, apesar do crescente protagonismo do Brasil, que detém os maiores recursos naturais do planeta e reassume, depois de quatro anos de ausência, papel de protagonismo nas discussões internacionais sobre o meio ambiente. Thelma seria a primeira latino-americana e a primeira mulher à frente do Painel. Com informações do Correio Braziliense.

A brasileira chegou à rodada final da votação, mas perdeu para Skea por 69 votos a 90. O próximo mandato terá duração de cinco a sete anos, período considerado crucial para as discussões multilaterais sobre o clima.

Depois de ser escolhido para comandar o IPCC, Skea anunciou que a prioridade da gestão que assume será proteger a integridade científica e a relevância política dos relatórios do Painel, que costumam ser divulgados a cada cinco anos e servem para embasar as políticas preservacionistas de vários países.