O deputado estadual Delegado Péricles (PSL) apresentou, na manhã desta terça-feira (22), comparativo entre o número real de vagas existentes na Polícia Militar do Amazonas e a atual quantidade de soldados em ativa na segurança pública do Amazonas. De acordo com ele, o limite de 3mil candidatos para avanço às próximas etapas do concurso público conflitam com as 8.643 vagas previstas para soldados e contradizem a urgente necessidade de reforço do efetivo, que hoje conta com 343 na ativa. Em discurso na Tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas(Aleam), Péricles ainda fez questão de reforçar o aumento de 54% de homicídios no Estado e a urgente necessidade de investimento correto por parte da gestão.
“Quando fui procurado por candidatos às vagas da PM que participaram da primeira fase do concurso no Amazonas, fui buscar dados que justificassem essa limitação no número de concursados para as próximas fases. Foi quando me deparei com uma previsão três vezes maior do que o número apresentado em alteração no edital com a cláusula de barreira. São mais de 8mil soldados previstos. Quando fui informado do efetivo na ativa até pensei que tivesse um erro na informação de tão absurdo: 343 soldados. É claro que precisamos reforçar a corporação”, afirmou o parlamentar.
De acordo com o Péricles, o aumento em 54% na taxa de assassinatos no Amazonas – totalmente na contramão do país que apresentou queda significativa – é prova suficiente para que medidas sejam urgentemente tomadas, seja no sentido de reforçar o efetivo de forma significativa, ou de investir em inteligência e gestão de forma que os resultados cheguem verdadeiramente à população.
“Esse caos na segurança não é de hoje. Não adianta o comandante da Polícia Militar viralizar um vídeo dizendo que vai acabar com as facções. Isso deve ser piada entre os próprios traficantes. É preciso mais. Investimento, gestão, fortalecimento do efetivo. Que o atual quadro vergonhoso de segurança do nosso estado seja parâmetro não só para que maior número de concursados avance para a próxima fase, mas também para que medidas sejam sentidas pela população que tem se sentido cada vez mais insegura”, concluiu.