Após críticas às medidas econômicas do governo Bolsonaro, o prefeito de Manaus pretende reconstruir as “pontes”
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), reafirmou, nesta terça-feira (04), o apoio à reeleição do governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), que disputa o segundo turno das eleições com o atual senador Eduardo Braga (MDB).
“Está confirmado a nossa aliança. Hoje almocei com o governador, ajustei as ações para o segundo turno. […] No próximo dia 30 vamos todos de 44. É Wilson Lima”, afirmou David Almeida, relembrando que o Avante integra a chapa com o vice Tadeu de Souza.
O prefeito fez uma live nas redes sociais. Segundo ele, suas escolhas são tomadas a partir da “coerência, e não da conveniência”. “A proposta do Wilson era melhor e por isso estou com ele. Estive com ele no primeiro turno e vou estar no segundo”, acrescentou.
Questionado sobre quem vai apoiar para Presidência da República, David relembrou que sua relação com o presidente Jair Bolsonaro (PL) está enfraquecida após os decretos federais que atingiram a Zona Franca de Manaus (ZFM), mas que seu posicionamento nunca foi contra o presidente.
O prefeito destacou que vai buscar conversar com Bolsonaro antes de anunciar seu apoio. “A gente vai conversar novamente, eu acredito muito que isso vai acontecer, porém, não acontecendo, eu vou externar meu voto, porque eu não sou de ficar em cima do muro. Eu tô em posição, eu tenho um lado. Meu voto é uma coisa, meu apoio é outra”, disse.
Ele ressaltou que a ameaça a ZFM foi o motivo de seu apoio para o Senado ter sido dado a Omar Aziz (PSD), que embora seja oposição a Bolsonaro, articulou as ações de defesa ao modelo econômico.
“Eu sou cristão, eu sou conservador, defendo Deus, pátria, família, desde que eu nasci, só que as políticas públicas implementadas pelo ministro Paulo Guedes prejudicavam de morte a Zona Franca de Manaus e quem me ajudou a defender foi o Omar”, disse o prefeito.
Sem citar nomes, David ainda alfinetou o Coronel Alfredo Menezes (PL), braço direito de Bolsonaro, ao dizer que “mentiram para o presidente”, alegando que ele estava contra Bolsonaro, e impedindo que mais recursos fossem repassados para a capital.
David chegou a dizer que “pontes” foram destruídas e que vai reconstruí-las, se referindo a relação com o Governo Federal. Ele ressaltou que não é contra a redução do imposto para os outros estados do país, desde que os produtos produzidos no polo industrial de Manaus sejam excetuados.
Com informações do Amazonas1*
