Há um mês, o vulcão Cumbre Vieja assombra a ilha de La Palma. Nesta terça-feira (19), a erupção continua emitindo lava e cinzas no arquipélago das Canárias. Desde sua primeira atividade sísmica, o vulcão já destruiu centenas de casas e evacuou quase 7.000 moradores. Uma nova onda de lava está agora a cerca de 30 metros da costa, a oeste da ilha, e seu contato com o oceano pode provocar emissões tóxicas.
“A erupção começou na área de Cabeza de Vaca, em El Paso”, informou o governo local da ilha em sua conta no Twitter no dia 19 de setembro, data em que o Cumbre Vieja entrou em fase eruptiva ao expelir grandes rios de lava que alcançaram o mar, dez dias depois.
Segundo a Pelvoca (Plano Especial de Emergências Devido a Risco Vulcânico das Canárias), as erupções não deixaram nenhuma vítima, contudo, fluxos de magma destruíram tudo em seu caminho e já cobrem 763 hectares.
A lava destruiu 1.956 edifícios , incluindo centenas de casas, de acordo com os últimos dados do governo espanhol. As cinzas vulcânicas também prejudicaram a população, território e voos na ilha.
Após um mês do início da erupção, o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan) indicou que a erupção do vulcão Cumbre Vieja pode durar até 84 dias. “Ninguém é capaz de afirmar que esse é seu fim”, afirmou o chefe do governo regional das Canárias, Ángel Víctor Torres.
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O histórico aponta que a última erupção vulcânica na ilha, no Teneguía, em 1971, durou 24 dias, a menor registrada. Já a explosão do San Juan, em 1949, se estendeu por 47 dias.
O Cumbre Vieja expulsa 10.000 toneladas de dióxido de enxofre por dia e, para considerar que começa a se apagar, deveria diminuir para 400 toneladas, segundo explicou à imprensa David Calvo, porta-voz do Instituto de Vulcanologia das Canárias (Involcan).
Segundo David Calvo, um segundo fluxo de lava avança lentamente nesta terça em direção ao mar. A temperatura deste magma, segundo Calvo supera os 1.100 graus e pode obrigar os moradores que ainda residem na ilha a não saírem de casa.
Desde o início da erupção, quase 7.000 moradores desta pequena ilha atlântica de 85.000 habitantes tiveram que abandonar suas casas.