As erupções do vulcão Cumbre Vieja , na ilha espanhola de La Palma, estão longe de acabar e podem durar até nove meses, de acordo com o diretor do Instituto de Paisagem da Fundação Duques de Soria, Eduardo Martínez de Pisón.
“No momento, o vulcão está estável. Está maduro, funcionando, e tem tempo. Mas, não se pode criar expectativas. Ainda será mais duradouro do que desejaríamos”, afirmou Martínez de Pisón, geógrafo e professor emérito de Geografia na Universidade Autônoma de Madri, em seminário.
Segundo o especialista, os vulcões das Ilhas Canárias, no geral, estão “adormecidos”, mas disse haver possibilidade de novas erupções em ilhas periféricas, como Lanzarote, El Hierro, La Palma e El Teide.
“A parte sul de La Palma tem potencialidade eruptiva. Não é de se surpreender que, no futuro, haja novas erupções. O homem tem uma capacidade técnica limitada, diante da força descomunal de um vulcão”, explicou o especialista.
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O Cumbre Vieja está em atividade desde 19 de setembro e já deixou um rastro de destruição na ilha de La Palma . Mais de 1,1 mil casas foram destruídas e quase 600 hectares foram devastados pela lava do vulcão, de acordo com as autoridades. Além disso, serviços de emergências disseram que mais de seis mil pessoas tiveram que deixar suas casas.
Apesar do rastro de destruição, a Espanha teve sucesso nos atendimentos e não registrou nenhuma morte ou ferimento em decorrência das erupções.