Milhares de pessoas manifestaram-se pacificamente hoje (4) em frente ao Parlamento, na cidade australiana de Melbourne, para exigir a retirada das leis contra a pandemia de covid-19.
A cidade superou a sua última onda de infecções e mortes em outubro e tenta voltar à normalidade, ao mesmo tempo em que penaliza as pessoas que optaram por não tomar a vacina contra a covid-19.
Nesta semana, o governo aprovou um conjunto de medidas destinadas a substituir o estado de emergência, em vigor desde março de 2020, e que expiram em 15 de dezembro, o que permite ao governo regional implementar restrições para combater a pandemia.
Entre as medidas estão restrições à circulação e entrada em empresas para pessoas não vacinadas e vacinações obrigatórias para trabalhadores de grande número de setores.
Os manifestantes, que têm o apoio de um alguns políticos ultraconservadores, exigem a suspensão de todas as restrições, onde mais de 91% dos cerca de 5 milhões de habitantes estão totalmente vacinados. Entretanto, no estado de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, as autoridades sanitárias acompanham de perto a evolução dos casos confirmados da variante Ômicron.
Treze pessoas já foram infectadas pela nova variante, incluindo pelo menos uma pessoa por meio de transmissão local.
Na última segunda-feira (29), as autoridades australianas adiaram a abertura parcial das fronteiras a trabalhadores vacinados e estudantes estrangeiros até 15 de dezembro, após terem detectado os primeiros casos da Ômicron.