O drama das famílias das vítimas do capotamento de um ônibus na MGC-120, entre São Pedro do Suaçuí e São João Evangelista, se agravou ainda mais na quinta-feira (18) após a troca dos corpos de duas mulheres durante o processo de velório. 

A família de Maria Arlete dos Santos aguardava  a chegada do corpo em Santa Maria do Suaçuí para iniciar o velório. No entanto, ao abrir o caixão,  dentro estava o corpo de Aparecida Maria Pires, natural de Belo Horizonte. A situação gerou revolta e consternação entre os presentes.

A família de Aparecida, por sua vez, também se viu em meio ao caos. O corpo dela, que deveria estar sendo transportado para Belo Horizonte, foi retido e nem chegou ao Cemitério da Saudade, onde seus familiares a aguardavam. A funerária atribuiu a troca a um erro no reconhecimento do corpo pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Guanhães.

No entanto, os familiares de Aparecida afirmam que o corpo foi reconhecido corretamente por parentes que moram na região. Inconformados com a situação, eles denunciaram a negligência do IML e da funerária, que ainda cobrou um valor extra para corrigir o erro.

De acordo com a Itatiaia, para garantir o sepultamento de Aparecida em Belo Horizonte, a família decidiu contratar outra funerária, elevando o custo total do funeral para mais de R$ 6 mil. A situação financeira se soma à dor da perda e à revolta com a negligência dos responsáveis.

Com o corpo de Aparecida retido em Santa Maria do Suaçuí, a família teme não poder realizar o velório da vítima. O advogado Pedro Henrique Vieira, sobrinho de Aparecida, expressou sua indignação em entrevista à Itatiaia: “Como explicar para as familiares da minha tia que elas não poderão se despedir dela? Para elas, isso é algo muito importante. A gente não quer saber de quem é a culpa agora, só queremos poder sepultar a Aparecida.”

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