Um porteiro na Asa Sul, em Brasília, teve uma experiência inusitada em seu ambiente de trabalho na última terça-feira, 14. Isso porque ele encontrou uma Corn Snake em Brasília, mais precisamente no pátio de um prédio.
A Polícia Ambiental trabalha com a hipótese de que o animal fugiu de seu criador, que pode responder por tráfico internacional de animais.
Sobre o resgate
Após a captura, a serpente foi para o Centro de Triagem de Animais Silvestres, ou CETAS, do Ibama. No caso, o animal não está habituado ao ecossistema brasileiro e, portanto, não pode ir para a natureza. Logo, a melhor opção é mantê-lo em área de monitoração, como zoológicos ou serpentários credenciados.
Uma vez que o animal não é comum no Brasil, a única possibilidade de ele ter vindo para aqui é por meio do tráfico internacional de animais. Assim, a Polícia Ambiental agora investiga a origem da serpente para rastrear o criador e também o criminoso. Após a identificação, o responsável pelo tráfico irá responder judicialmente pelo ato.
Aqui no Brasil, a pena para tráfico internacional de animais silvestres envolve reclusão de seis meses a um ano, além de multa. Todavia, existe a proposta para que essa pena aumente e haja a reclusão de pelo menos três a oito anos, além das multas. Atualmente, a multa está entre R$ 500 e R$ 5.000.
Conheça a Corn Snake
O nome Corn Snake faz referência ao ambiente comum dessas serpentes, que são os milharais nos Estados Unidos. Segundo a história, a serpente recebeu esse nome pelos colonizadores ainda no século XVIII. Ademais, ela pode aparecer em florestas caducifólias ou encostas rochosas.
Essa espécie consegue viver entre 15 e 20 anos e atingir o máximo de 1,5 metro de cumprimento. Normalmente, elas têm tons de vermelho e amarelo na pele, mas são mais de 20 classificações de cores diferentes. Apesar de ser ótima predadora de animais pequenos, como ratos, essa serpente não tem veneno funcional.